Imagem da matéria: Qual é a diferença entre Pix e Drex? | Análise
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Para nós que estamos interessados no panorama financeiro em constante evolução, acredito que compreender as nuances entre diferentes formas de transações digitais é fundamental para tomar decisões informadas e aproveitar oportunidades emergentes. 

Hoje gostaria de compartilhar minhas reflexões sobre as principais diferenças entre o Pix e o Drex (Real Digital), com base nas valiosas colocações de Fábio Araújo, coordenador da iniciativa do Real Digital no Banco Central, que falou bastante sobre o tema na entrevista para o podcast da Liqi.

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Reimaginando o dinheiro digital: Pix vs. Drex

Em um mundo onde a digitalização é a norma e a inovação é a chave para permanecer relevante, o Banco Central do Brasil se comprometeu a explorar as possibilidades oferecidas pelos ativos digitais. 

O Drex (ou Real Digital), ao contrário do que alguns possam pensar, não é uma criptomoeda, mas uma maneira de alinhar nossa moeda nacional com a tecnologia emergente dos criptoativos. 

Enquanto o Pix é uma plataforma eficiente para pagamentos digitais, o Real Digital vai além, transformando a maneira como concebemos as transações financeiras.

Leia também: Pix ou Drex? Vídeo do BC mostra quando usar cada um dos sistemas de pagamento; assista

A chave: Plataforma e Valor

Uma das distinções fundamentais entre o Pix e o Real Digital é a sua natureza de plataforma. 

Enquanto o Pix é focado exclusivamente em pagamentos, permitindo transferências instantâneas entre contas, o Real Digital serve como plataforma para liquidações inteligentes, o que significa que ele proporciona uma infraestrutura para uma variedade mais ampla de serviços financeiros. 

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O Drex não é apenas uma maneira de representar o valor; é também a base para a programabilidade de serviços financeiros inovadores. Isso cria um ambiente propício para a evolução constante e a rápida introdução de novas soluções.

Casos de Uso Amplos e Descentralização Controlada

No episódio do Talkenização, Fábio Araújo destacou casos de uso impressionantes para o Real Digital na economia brasileira. 

A aplicação de contatos programáveis nos processos de “Delivery versus Payment” promete revolucionar transações complexas, como a compra de imóveis e automóveis. 

Através de contratos inteligentes, a confiança é garantida sem a necessidade de terceiros intermediários, simplificando processos e reduzindo custos. Além disso, o Real Digital abre as portas para as finanças descentralizadas (DeFi), permitindo que as fintechs inovem dentro de limites controlados, garantindo ao mesmo tempo a segurança e a acessibilidade.

Inclusão Financeira e Privacidade

O Banco Central também demonstra um compromisso claro com a inclusão financeira e a privacidade. 

A simplicidade do Pix já tornou os pagamentos digitais acessíveis a muitos, mas o Real Digital busca expandir essa acessibilidade. Ao proporcionar uma interface amigável, o Banco Central está tornando tecnologias complexas mais acessíveis ao público em geral. 

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Quanto à privacidade, o Banco Central enfatiza que o Drex seguirá as leis existentes, com o objetivo de equilibrar a necessidade de funcionalidades de controle com a proteção dos dados individuais.

Preparando o caminho para o futuro financeiro

Ao olhar para o futuro, o Real Digital não é apenas uma inovação isolada, mas um passo em direção a uma revolução financeira mais ampla. 

A capacidade de tokenizar ativos e a flexibilidade do Real Digital oferecem oportunidades para redefinir como crédito e investimento são realizados. 

Isso poderia potencialmente transformar serviços de crédito e investimento em commodities, acessíveis através de uma variedade de provedores especializados. 

A descentralização controlada permitiria que as pessoas escolhessem os serviços que melhor atendem às suas necessidades, estimulando a concorrência saudável e a variedade no setor financeiro.

A necessidade de aprendizado contínuo

A jornada para compreender as nuances do Pix e do Real Digital é um lembrete de que, como investidores e empresários, nosso aprendizado nunca para. 

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À medida que as tecnologias evoluem e as oportunidades emergem, é crucial mantermos nossos conhecimentos atualizados. O podcast Talkenização e as explanações de Fábio Araújo oferecem um vislumbre valioso das motivações, objetivos e visões por trás do Real Digital. 

O Drex e o Pix representam abordagens distintas para a digitalização das transações financeiras. Enquanto o Pix é uma ferramenta eficaz para pagamentos instantâneos, o Drex transcende a mera transferência de valor, servindo como uma plataforma para inovações em serviços financeiros. 

Através de casos de uso como “Delivery versus Payment” e o potencial para finanças descentralizadas, o Real Digital tem o poder de simplificar processos, aumentar a acessibilidade e promover a inclusão financeira. Como investidores e empresários, a compreensão dessas diferenças nos capacita a tomar decisões informadas e a aproveitar as oportunidades oferecidas pelo cenário financeiro em constante evolução.

Sobre o autor

Daniel Coquieri é CEO da empresa de tokenização de ativos Liqi Digital Assets. Empreendedor do ramo da tecnologia, foi fundador da BitcoinTrade, uma das maiores corretoras de criptomoedas do Brasil.

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