Imagem da matéria: Justin Sun gasta US$ 100 milhões em criptomoedas para tentar salvar Huobi do colapso
Justin Sun (Foto: Reprodução)

O magnata das criptomoedas e fundador da Tron, Justin Sun, transferiu US$ 100 milhões em stablecoins para sua exchange Huobi, depois que surgiram notícias de que a empresa estava cortando pessoal.

De acordo com os dados blockchain da Nansen, o dinheiro foi retirado da Binance e depois enviado para a Huobi, na qual a Sun tem participação majoritária.

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O dinheiro estava na forma de USD Coin (USDC) e Tether (USDT). Sun então confirmou à Bloomberg que ele moveu os “fundos pessoais” porque “mostra a confiança na exchange Huobi”.

Martin Lee, da Nansen, disse no Twitter que a transferência “pode ser para ajudar com o aumento de saques ou manter um nível de confiança na exchange”.

Os clientes têm retirado fundos em grandes quantidades da Huobi nos últimos dias. A Nansen estima que US$ 60,9 milhões dos US$ 94,2 milhões em saída líquida na semana passada ocorreram nas últimas 24 horas.

A Huobi, com sede em Singapura, a quarta maior exchange de ativos digitais com um volume de negócios de 24 horas de US$ 371 milhões, foi atingida por problemas recentemente. A Reuters informou que a empresa demitiria 20% de sua equipe — depois que a Sun negou os rumores.

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Antes disso, o jornalista cripto independente Colin Wu, do Wu Blockchain, revelou que os salários dos funcionários da Huobi estavam sendo pagos em stablecoins, o que levou a protestos por parte dos trabalhadores.

Justin Sun diz que tudo não passa de “FUD”

Justin Sun e sua equipe disseram repetidamente que as pessoas estão espalhando FUD (medo, incerteza e dúvida) sobre o possível colapso da Huobi.

“Primeiro, é importante reconhecer que o mundo das criptomoedas pode ser volátil e incerto às vezes. Sempre haverá altos e baixos, e é fácil ser pego pelo medo, incerteza e dúvida (FUD) que pode vir com isso”, disse Sun no Twitter na sexta-feira.

O “FUD” de Huobi ocorre em um momento em que a confiança nas exchanges de criptomoedas está instável: no mês passado, a maior exchange do mundo, a Binance, emitiu um comunicado garantindo aos clientes que suas finanças estavam em ordem.

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Em novembro, a FTX, uma das exchanges de criptomoedas mais populares do setor, explodiu em um colapso espetacular. A empresa perdeu bilhões de dólares em fundos de clientes depois de ter sido supostamente mal administrada por “um grupo muito pequeno de indivíduos grosseiramente inexperientes e pouco sofisticados”, de acordo com seu novo CEO John J Ray, que está supervisionando a reestruturação da empresa.

Os problemas da FTX começaram quando uma liquidação no token nativo da exchange, o FTT, abalou a confiança dos investidores e os levou a correr para sacar seus fundos. 

Isso resultou numa crise de liquidez que forçou a empresa a admitir que não possuía reservas de ativos de clientes de um para um, fazendo com que a FTX desativasse os saques antes de entrar com pedido de recuperação judicial. Todo o ecossistema das criptomoedas, de tokens a empresas, está cambaleando desde então.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.co.

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