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Homem lucra R$ 31 mil minerando Ethereum com energia da empresa antes de ser pego

Um ex-engenheiro se declarou culpado de usar os servidores em nuvem de seu antigo empregador para minerar criptomoedas

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Ethereum ganha nova atualização (Imagem feita por IA pelo Decrypt)

Um ex-engenheiro da empresa de comércio eletrônico Digital River foi condenado na terça-feira (21) a três anos de liberdade condicional por minerar criptomoedas ilegalmente usando os servidores em nuvem de seu antigo empregador.

Joshua Paul Armbrust, 45, foi condenado pelo Juiz Distrital dos EUA Jerry Blackwell após se declarar culpado em abril de uma acusação de fraude eletrônica documentada pelo Ministério Público dos EUA para o Distrito de Minnesota, informou o veículo local Duluth News Tribune.

Após se demitir da Digital River em fevereiro de 2020, Armbrust continuou acessando a conta da empresa no Amazon Web Services entre dezembro de 2020 e maio de 2021, executando um programa que minerava criptomoedas sem autorização.

Armbrust “acessou remotamente a conta da empresa no Amazon Web Services em diversas ocasiões sem autorização e utilizou computadores do AWS para minerar a criptomoeda Ethereum”, diz o comunicado do Departamento de Justiça.

O advogado de defesa William J. Mauzy afirmou que as ações de Armbrust ocorreram “em um momento de extrema necessidade financeira e considerável sofrimento emocional”, enquanto ele cuidava de sua mãe doente, que já faleceu.

Mauzy argumentou que Armbrust não era um “hacker malicioso”, mas sim alguém agindo por “desespero”, observando como seu cliente não fez nenhuma tentativa de ocultar a atividade e assumiu total responsabilidade pelas perdas.

Lucro de R$ 31 mil

Os promotores disseram que a operação gerou mais de US$ 5.800 (cerca de R$ 31 mil) em Ethereum, que Armbrust converteu para uso pessoal, enquanto a Digital River incorreu em cerca de US$ 45.270 em custos com serviços em nuvem antes da descoberta da atividade.

Vale ressaltar que Armbrust estava minerando em uma época em que o Ethereum ainda dependia de um sistema de prova de trabalho (proof-of-work), que exigia poder computacional e uso de energia significativos, antes de sua transição para o proof-of-stake em setembro de 2022.

Ele foi indiciado em novembro de 2024 por uma acusação de fraude informática por um esquema de “cryptojacking” que resultou em “perdas financeiras significativas”, de acordo com o procurador-geral dos EUA, Andrew M. Luger.

Cryptojacking

Cryptojacking, segundo a definição de 2024 do Departamento de Justiça, é uma forma de crime cibernético em que um indivíduo ou parte não autorizada “usa os recursos computacionais de outra pessoa para minerar criptomoedas, como Bitcoin ou Ethereum”, utilizando o hardware da vítima.

O esquema secreto de mineração de criptomoedas de Armbrust utilizava os recursos da Digital River “entre 18h e 7h diariamente” e transferia o Ethereum para sua própria carteira de criptomoedas, de acordo com Endicott.

Os promotores disseram que as ações de Armbrust não foram um “lapso momentâneo de julgamento”, mas um uso indevido deliberado dos recursos de computação da empresa para ganho pessoal, causando perdas financeiras reais e interrupções operacionais.

A Digital River entrou com pedido de insolvência para suas subsidiárias alemãs em janeiro no Tribunal de Insolvência de Colônia, após perder o acesso a uma linha de crédito rotativo no início daquele mês.

Desde então, a empresa fechou sua sede em Minnesota, suspendeu a maioria de seus serviços globais e começou a encerrar suas operações.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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