Ilustração de homem minerando com picareta
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O Departamento Conservação Ambiental de Nova York (ou DEC, na sigla em inglês) pode tomar uma decisão final se irá renovar uma licença ambiental pela Greenidge Generation – uma controversa empresa de mineração de bitcoin (BTC) de Nova York – em 30 de junho de 2022.

O DEC, que supervisiona a quantidade de emissões de gases de efeito estufa que a Greenidge é capaz de emitir todos os anos, aconselhou a empresa de mineração da “necessidade de mais medidas de mitigação de gases de efeito estufa para atender aos requisitos da Lei de Liderança Climática e Proteção à Comunidade”.

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Em 25 de março de 2022, o DEC também havia dito que a Greenidge propôs medidas para mitigar gases de efeito estufa no condado nova-iorquino de Dresden.

A reguladora acrescentou que ainda não determinou essas medidas nem fez um levantamento de cerca de quatro mil comentários públicos sobre a atividade de mineração da Greenidge.

Greenidge Generation se tornou o epicentro da controvérsia em torno do impacto da mineração de bitcoin ao meio ambiente e a decisão do DEC em renovar (ou não) a permissão “Title V” da empresa pode ter amplas consequências para a indústria.

“O acontecimento mais importante seria ver o impacto nas fronteiras estatais”, disse Alex de Vries, fundador do site Digiconomist, ao Decrypt.

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“Sabemos que estados podem ter políticas bastante diferentes, mas este pode ser o início de uma tendência de regulações mais adversas em outros lugares.”

Greenidge, bitcoin e o meio ambiente

Em 2016, a Greenidge garantiu sua licença “Title V” para minerar bitcoin – sem uma renovação, a empresa não poderá minerar bitcoin em sua unidade em Dresden.

Em março de 2021, a empresa enviou ao DEC um pacote de documentos a favor de sua aplicação para renovar sua licença existente.

No pacote, havia uma carta, verificada pelo Decrypt, que especificava as emissões máximas que a unidade da empresa em Dresden poderia produzir legalmente – 641 toneladas de equivalentes de dióxido de carbono por ano.

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Totaliza aproximadamente 321 milhões de quilos de carvão queimado, eletricidade média consumida por 116 mil casas ou mais de 2,4 bilhões de quilômetros dirigidos por um veículo comum de passageiros.

As atividades da Greenidge geraram receio de que a unidade em Dresden ameaça os objetivos climáticos de Nova York, obrigando o estado a gerar 70% de sua eletricidade de fontes de energia limpa até 2030; e 100%, até 2040.

Greenidge também gerou controvérsias no entorno do Lago Seneca – o lago adjacente à unidade da Greenidge em Dresden.

Por exemplo, o Keuka Outlet – um escoamento que vai até o Lago Seneca e atua como uma fonte de água potável para milhares de pessoas – passou por drásticos aumentos na temperatura da água.

“Estamos passando por um problema crescente em nosso lago, que é a fonte de água potável para mais de cem mil pessoas”, disse Yvonne Taylor, vice-presidente da organização não governamental (ou ONG) Seneca Lake Guardian, ao Decrypt anteriormente.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.