Imagem da matéria: Apple Card: o novo cartão de crédito da Apple tem incomodado os bancos, que o consideram "desonesto"

Tim Cook, CEO da Apple, apresentou há algumas semanas o AppleCard como o grande representante da nova geração de cartões de crédito. No evento, foi prometido eliminar as comissões, baixar as taxas de juros, tornar mais claros os programas de benefícios e simplificar a integração com as finanças pessoais. Por outro lado, os bancos do mundo não viram com bons olhos a esta mudança de estratégia do gigante tecnológico.

Nada foi dito ainda sobre a sua chegada no Brasil, mas caso isso aconteça, será, sem dúvida, um competidor bastante pesado no contexto de um mercado que vem crescendo de forma consistente desde 2014. Segundo dados da comparadora de investimentos oMelhorTrato.com, os pagamentos com cartões de débito e de crédito do primeiro semestre do ano passado foram de R$ 720 bilhões, e para este ano se espera que finalizem acima de R$ 830 bilhões. Nos últimos 5 anos, a participação dos cartões no pagamento de gastos de consumo familiar vem subindo em uma média de 15% ao ano.

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Os fanáticos imersos em seu ecosistema

Como era de se esperar, o gigante tecnológico não apenas lançou um cartão de crédito, senão que haverá uma aplicação para que os usuários possam administrar seus gastos, revisar suas contas e pagar suas dívidas. Atualmente no Brasil existem muitas aplicações de finanças pessoais, mas NuBank é a única que oferece um serviço similar de integração de gastos com uma aplicação de finanças pessoais.

O mais chamativo do anúncio, e o que mais gera medo por parte dos bancos tradicionais, é que a companhia não pensa em cobrar um centavo sequer pelo serviço e menos ainda pela mora no pagamento ou por superar o limite. Além disso, as taxas de juros do AppleCard prometem estar abaixo das do mercado, com um valor mínimo de 13,2%, sendo que nos EUA a taxa mais baixa do ano passado havia sido de 14,7% ao ano.

E também se pensa em eliminar o sistema de pontos ou milhas, para passar a uma reintegração direta chamada “Daily cash”. Esta reintegração irá oferecer devoluções de 2% em todas as compras realizadas através do Apple Pay, e de 1% para compras com o cartão tradicional.

Certos bancos acusam de “desonesta” a esta nova estratégia da Apple

O AppleCard estará associado a uma conta bancária, que pertencerá a Marcus, a banca minoritária desenvolvida pelo Goldman Sachs. Isto significa, basicamente, uma punhalada pelas costas para muitos dos investidores e bancos que, em um primeiro momento, haviam cooperado com a Apple para lançar o sistema de pagamentos Apple Pay.

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E segundo, essa nova estratégia pode abocanhar uma grande parte do mercado atualmente ocupada pela banca minoritária de entidades financeiras tradicionais. Neste sentido, Victor Dubugras, especialista no mercado local, acredita que “é difícil imaginar a Apple entrar no mercado brasileiro de cartões de crédito sem que se fizesse o mesmo processo realizado nos Estados Unidos (associado com una instituição financeira tradicional)”.

O que é certo nisso tudo é que a gigante californiano se está sacudindo e mudando de estratégia, deixando a todos na expectativa por saber de onde cairá o seu próximo golpe.