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Bitcoin aprofunda queda para US$ 110 mil após Fed cortar juros nos EUA e Powell sinalizar fim dos cortes no ano

O Fed decidiu cortar os juros nos EUA pela segunda vez seguida, mas não foi suficiente para impulsionar o Bitcoin e outras criptomoedas

Imagem da matéria: Bitcoin aprofunda queda para US$ 110 mil após Fed cortar juros nos EUA e Powell sinalizar fim dos cortes no ano
Federal Reserve em Washington DC (Foto: Shutterstock)

O Federal Reserve decidiu nesta quarta-feira (29) cortar as taxas de juros nos Estados Unidos em 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 3,75% e 4%, em sua segunda redução seguida. Em um primeiro momento após a notícia, as criptomoedastiveram pouca reação, mantendo a queda que já registravam antes do anúncio e o Bitcoinoperando na casa de US$ 111 mil.

Porém, pouco depois que a coletiva do presidente do Fed, Jerome Powell, começou, o mercado passou a cair mais forte. Isso se deu após o chefe do banco central americano frustrar as expectativas do mercado com possíveis novos cortes de juros.

“Nas discussões do comitê nesta reunião, houve opiniões bastante divergentes sobre como proceder em dezembro. Uma nova redução na taxa de juros na reunião de dezembro não é algo garantido. Muito pelo contrário”, afirmou ele.

Por volta das 15h450, o Bitcoin registrava queda de 4% no acumulado de 24 horas, cotado a US$ 110.140. O Ethereum (ETH), por sua vez, recuava 5,6%, a US$ 3.887. Todas as outras maiores criptomoedas em valor de mercado registraram perdas de pelo menos 3%.

A decisão não foi unânime. Por 10 votos a 2, o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do banco central reduziu a taxa básica. Assim como ocorreu da última vez, o governador Stephen Miran votou contra, preferindo que o Fed agisse mais rapidamente com um corte de 0,5 ponto percentual. Já o presidente do Fed de St. Louis, Jeffrey Schmid, votou para que o Fed mantivesse os juros.

O corte de juros ocorre mesmo com o Fed operando praticamente às cegas em relação aos dados econômicos. Tirando o recente indicador de inflação na última semana, o governo suspendeu toda a coleta e divulgação de dados, o que significa que medidas importantes como a folha de pagamento não agrícola, as vendas no varejo e uma infinidade de outros dados macroeconômicos estão indisponíveis.

Na declaração pós-reunião, o comitê reconheceu a incerteza que acompanha a falta de dados. “Os indicadores disponíveis sugerem que a atividade econômica tem se expandido em um ritmo moderado. O crescimento do emprego desacelerou este ano, e a taxa de desemprego aumentou ligeiramente, mas permaneceu baixa até agosto; indicadores mais recentes são consistentes com esses desenvolvimentos”, diz o comunicado.

Além do corte na taxa, o Fed anunciou que vai encerrar o processo de redução de suas compras de ativos – conhecido como aperto quantitativo (Quantitative Tightening, ou QT) – em 1º de dezembro.

O programa reduziu em cerca de US$ 2,3 trilhões o portfólio de títulos do Tesouro e títulos lastreados em hipotecas do Federal Reserve. Em vez de reinvestir os recursos provenientes dos títulos que venciam, o Fed permitiu que eles saíssem do balanço patrimonial em um ritmo limitado a cada mês. No entanto, sinais recentes de um certo aperto nos mercados de empréstimos de curto prazo levantaram a preocupação de que a redução já tenha ido longe demais.

Uma nota de implementação que acompanhou a decisão indicou que o Fed reinvestirá os recursos provenientes dos títulos que vencem em títulos de curto prazo, reduzindo assim a duração de seu portfólio geral. Anteriormente, o Fed reinvestia os recursos em títulos com os mesmos prazos de vencimento.

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