A Bitmain, a maior empresa de mineração de criptomoedas do mundo, está alegadamente planejando ativar “cerca de 90,000” mineradores de Bitcoin Cash (BCH) Antminer S9, com uma capacidade de cerca de 14TH/s cada, para aquilo que está a ser chamada uma guerra de computação.
De acordo com a fonte local 8BTC, a empresa de mineração, que afirma ter apenas 4% da hashrate do Bitcoin, tem contactado pools de mineradores na região de Xinjiang na China, tendo de acordo com um operador local, Yu Hao, pedido a cada fazenda de mineração espaço para 5,000 máquinas.
Conforme Hao, poucas fazendas têm a capacidade de abrigar tantas máquinas. A procura da Bitmain na região de Xinjiang tem a ver com o carvão disponível nesta região, que fornece energia suficiente para os mineradores.
A empresa, que também lançou recentemente novos equipamentos de mineração de bitcoin, tem cerca de um milhão de BCH nas suas carteiras, de acordo com vários analistas. Isto faz com que proteger a rede da criptomoeda seja de extrema importância. Uma fonte da mineradora de Hao afirmou:
Metade de sua equipe de marketing foi a Xinjiang para conversar com os operadores sobre a implantação de mineradores
Hard Fork do Bitcoin Cash
O Bitcoin Cash, criptomoeda que nasceu da rede do Bitcoin em agosto do ano passado no culminar do debate acerca da sua escalabilidade, prevê dois hard forks (leia-se: upgrades) por ano. O de 15 de Novembro, no entanto, acontecerá um que dividiu a comunidade e poderá dividir também a rede.
No centro da divisão está a escalabilidade da criptomoeda. A equipe de desenvolvedores do Bitcoin ABC, que criou o BCH o ano passado, defende a implementação de tecnologias que visam melhorar o desempenho do blockchain, enquanto os do Bitcoin SV pretendem, entre outros, aumentar o tamanho dos seus blocos de 32 MB para 128 MB. As versões não são compatíveis uma com a outra.
Mineradoras como a Bitmain, a Bitcoin.com, a BTC.top, e a ViaBTC estão do lado dos desenvolvedores do Bitcoin ABC e perfazem cerca de 40% da hashrate do BCH, enquanto o autoproclamado Satoshi Nakamoto, Craig Wright, bem como a mineradora CoinGeek, estão do lado do Bitcoin SV.
A CoinGeek é atualmente a maior fazenda de mineração na rede do Bitcoin Cash. Aliada a esta estão empresas como a Japonesa GMO, que se lançou no mercado para concorrer com a Bitmain, bem como a SBI.
O lado que controlar a maior hashrate na altura do hard fork poderá ser visto com a rede mais segura por corretoras e outras empresas, tendo assim o seu apoio. A jogada da Bitmain de preparar as suas 90.000 mineradoras poderá ser defensiva, para também evitar ataques em que um grupo de mineradores controle 51% da rede, podendo assim manipulá-la.
Expectativa leva a subida de preços
Enquanto ambos os lados se preparam para a “guerra” há já empresas a lucrar com o hard fork, esperado dentro de uma semana. A Poloniex, uma corretora comprada pela Circle por US $400 milhões este ano, lançou trading de tokens BCHSV e BCHABC
NEWS: No #usdc trading fees on Poloniex through November for the following pairs: BCHSV/USDC (Bitcoin Cash SV), BCHABC/USDC (Bitcoin Cash ABC), USDT/USDC (Tether), BTC/USDC (Bitcoin), and ETH/USDC (Ethereum). Start trading here: https://t.co/NOYr8BrpdG
— Poloniex Exchange (@Poloniex) November 8, 2018
Corretoras como a Binance a Coinbase anunciaram já que iam apoiar o hard fork, o que significa que distribuirão os tokens de ambas as redes. Com estes anúncios, vários especuladores começaram a comprar BCH.
Isto, porque tendo BCH na altura do hard fork, terão direito a receber tokens da nova rede criada, num ratio 1:1. De acordo com dados do Yahoo Finance, o preço do BCH subiu já cerca de 40%, de US$ 422 para US$ 590.
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