Imagem da matéria: Rede de segunda camada do Ethereum, Blast já tem R$ 1,8 bilhão aplicados por usuários
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O interesse na Blast, nova rede de segunda camada do Ethereum, está trazendo consigo uma grande quantidade de dinheiro. De acordo com a DeFi Llama, o valor total bloqueado (TVL) no projeto agora ultrapassa os US$ 405 milhões (R$ 1,9 bilhão) apenas alguns dias após o anúncio do projeto — e está crescendo rapidamente.

O Blast é uma nova rede de escalonamento Ethereum anunciada na segunda-feira (20). No mercado lotado de redes layer-2 (como Arbitrum e Optimism), os desenvolvedores estão apresentando ideias para tornar mais rápido, fácil e barato para as pessoas realizar transações na blockchain às vezes lenta e cara do Ethereum.

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Este projeto em particular é liderado em parte por Tieshun “Pacman” Roquerre, que co-fundou o Blur, o maior mercado de NFTs. O Blur é conhecido por oferecer recompensas generosas aos traders por usar e permanecer leal à plataforma, e aparentemente o Blast tem objetivos semelhantes.

A ideia do Blast é que os usuários depositem criptomoedas, principalmente Ethereum (ETH) e stablecoins, para obter retornos com staking. E as pessoas estão depositando seus fundos rapidamente. Uma carteira de criptomoedas depositou 10 mil ETH no projeto esta semana. Isso é quase US$ 21 milhões (R$ 102 milhões) em cripto.

Mas há um detalhe: o Blast ainda não está realmente ativo. A plataforma afirmou que manterá os fundos dos usuários até que sua ponte entre em operação em fevereiro, e o rápido crescimento da rede e as dúvidas sobre o modelo estão fazendo as pessoas questionarem se é seguro ou não investir.

O próprio Blast alega ter um valor total bloqueado ainda maior, de US$ 443 milhões (R$ 2,1 bilhões). Até o momento da redação deste texto, eram 53 mil usuários.

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Alguns traders estão preocupados que possa ser um esquema de Ponzi, já que aqueles que indicam outros usuários podem receber “pontos Blast” para um airdrop em maio. O projeto também promete retornos consideráveis e “livres de riscos” de 4% em ETH e 5% em stablecoins para seus usuários.

Outros, incluindo o desenvolvedor de NFT pseudônimo Phygital e o engenheiro da Polygon Labs Jarrod Watts, afirmaram que exigir três de cinco chaves anônimas para assinar e executar transações é potencialmente perigoso. Watts em particular afirmou que o Blast “não é um L2”, pelo menos não em sua encarnação atual.

Pacman escreveu na sexta-feira no Twitter que o projeto promete grandes recompensas porque o rendimento vem de importantes projetos de finanças descentralizadas, como Lido e MakerDAO.

“O motivo pelo qual o rendimento no Blast parece bom demais para ser verdade é porque o Blast torna esse rendimento padrão para todos”, disse ele, acrescentando que o projeto está “democratizando rendimentos mais elevados”.

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O Blast também afirmou que um dos tipos de rendimento é a taxa de juros livre de riscos do staking de ETH. No entanto, membros do Lido, incluindo um que se identifica como Sacha no X, apontaram que nenhuma forma de staking é totalmente “livre de riscos”.

O Decrypt entrou em contato com o Blast para obter comentários adicionais sobre as preocupações, mas ainda não obteve resposta.

Risco ou não, os investidores continuam alocando grandes somas de cripto no projeto a uma velocidade vertiginosa — e é um investimento que não se movimentará por meses. Eles terão que torcer para que o Blast cumpra suas promessas.

*Traduzido com autorização do Decrypt.

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