A equipe da Hashdex, gestora brasileira de fundos de investimento baseados em criptomoedas, tocou o sino de abertura do pregão da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) na quarta-feira (15), em comemoração ao aniversário de seis meses do fundo Hashdex Bitcoin Futures ETF.
O diferencial desse produto que ele é considerado o primeiro ETF de futuros de Bitcoin registrado exclusivamente sob o Securities Act de 1933, lei americana que regulamenta investimentos financeiros no país.
“O ETF da Hashdex foi o primeiro ETF de futuro de Bitcoin a ser aprovado sob o Act of 1933, que normalmente é uma estrutura de commodities. Isso mostra uma mudança de entendimento sobre Bitcoin como ativo financeiro”, explica ao Portal do Bitcoin Marcelo Sampaio, o CEO da Hashdex.
O ETF da empresa brasileira foi desenvolvido em parceria com a Teucrium Trading e começou a ser negociado na bolsa de Nova York em 16 de setembro de 2022, sendo o primeiro ETF da Hashdex nos EUA.
Antes de entrar no mercado norte-americano, a Hashdex lançou o primeiro ETF cripto no Brasil, o HASH11, negociado na B3 desde abril de 2021. A expansão dos serviços para outros mercados, no entanto, se tornou um frente de trabalho importante para a gestora brasileira nos últimos anos.
“O mercado americano é o maior mercado do mundo, ter uma presença relevante nos EUA é importante para o posicionamento global da gestora. Acreditamos que a estrutura deste produto é diferenciada do que existia no mercado interiormente. Temos muito orgulho de ser uma empresa brasileira líder no mercado global com tantos produtos pioneiros”, acrescenta Sampaio.
O tenso mercado de ETF nos EUA
Embora ETFs cripto existam nos EUA desde 2021, esse tipo de investimento segue limitado ao mercado de futuros, já que a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) se nega a autorizar a oferta de um ETF à vista (spot) baseado em criptoativos.
A Hashdex já tornou público o interesse em lançar um ETF cripto à vista nos EUA, assim como já possui no Brasil, porém afirma que vai esperar a abertura dos reguladores.
“Acreditamos que a migração para spot ocorrerá de forma gradual e nossa posição é sempre de trabalhar em parceria com reguladores e o mercado. Vamos acompanhar a regulação norte-americana para continuar lançando novos produtos”, diz o executivo.
Já outras gestoras cripto se mostram mais radicais na batalha para conseguir lançar um ETF à vista nos EUA. A Grayscale, a maior gestora de criptoativos do mundo, por exemplo, decidiu brigar na justiça contra os reguladores da SEC.
O plano da empresa é transformar o seu popular fundo Grayscale Bitcoin Trust (GBTC) em um ETF à vista, mas levou um “não” dos reguladores em junho do ano passado. A Grayscale então decidiu brigar contra essa decisão no tribunal de apelações nos EUA, alegando que a negativa da SEC era arbitrária.
Em uma audiência do caso na semana passada, o CEO da Grayscale, Michael Sonnenshein, se mostrou otimista que a empresa saia vitoriosa da disputa e abra as portas para os ETFs à vista de criptomoedas nas bolsas dos EUA.
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