Imagem da matéria: Ethereum (ETH) sobe 9% e supera US$ 1,7 mil; seria a alta consequência da iminente Fusão?
(Foto: Shutterstock)

Ethereum (ETH), a segunda maior criptomoeda em termos de capitalização de mercado, está disparando e atingindo o seu maior preço este mês conforme a “fusão” da rede se aproxima.

Na tarde desta quinta-feira (28), o ether é negociado a US$ 1.726, de acordo com dados do CoinGecko. Essa cotação representa uma alta de 12,8% na última semana e de 9,4% nas últimas 24 horas.

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Há um mês, o ativo estava sendo negociado a US$ 1.186 — um aumento de 45%. Para fins de comparação, o bitcoin (BTC), a maior criptomoeda por capitalização de mercado, só subiu 17,7% no último mês e está cotado a US$ 23.833 neste momento.

Este ano, todo o mercado cripto sofreu quedas à medida que investidores, perturbados com a crescente inflação e a iminente recessão, passaram a vender ativos considerados “arriscados” — incluindo ações de empresas dos EUA. O próprio ether está 65% distante de seu recorde de US$ 4.878, registrado no último ciclo de alta cripto.

Porém, a moeda está disparando de novo. Por quê? É provável que a alta tenha a ver com a tão aguardada atualização da rede conhecida como “fusão” que, após anos de adiamento, agora parece ter uma data definida: 19 de setembro.

Para quem não está acompanhando a saga do “ETH 2.0”, o Ethereum está mudando a forma como sua rede é operada ao migrar para um mecanismo de consenso proof-of-stake (PoS).

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Neste momento, o Ethereum usa o mesmo mecanismo de consenso que o Bitcoin, conhecido como proof-of-work (PoW), que exige que mineradores utilizem computadores poderosos para verificar e validar transações e garantir a segurança da rede.

Mas desenvolvedores estão trabalhando em sua atualização, anteriormente chamada de “Ethereum 2.0”, para migrar a rede de PoW para PoS, eliminando a necessidade de mineradores. Em vez disso, validadores vão manter a rede segura ao bloquear a cripto da rede. Qualquer pessoa pode se tornar um validador se tiver 32 ETH para manter travado ou participar de um pool de staking.

O esperado é que a atualização torne a rede quase 99% mais eficiente energeticamente, de acordo com a Ethereum Foundation. Mas a surpresa é que a atualização também vai manter o aspecto econômico da rede sob controle — algo que deixa alguns investidores e analistas bem otimistas.

Ao exigir que o ether que está em circulação seja bloqueado (colocado em staking) para que novos ethers sejam emitidos, o processo pode ter um efeito deflacionário na criptomoeda. E se o crescimento na oferta do ether puder ser diminuído enquanto a demanda pelo ativo continuar alta, isso poderá ter um impacto positivo em seu preço. Assim, o pensamento otimista segue dominando.

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Porém, se as condições macroeconômicas não melhorarem e mais dinheiro não entrar no mercado conforme os “touros” esperam, a atual trajetória de alta do ether pode ser breve.

*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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