Imagem da matéria: Manhã cripto: mercado derrete com queda de dois dígitos para Cardano (ADA), Solana (SOL), Shiba Inu (SHIB) e Avalanche (AVAX); Bitcoin (BTC) em baixa de 5%
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O Bitcoin (BTC) segue em baixa nesta terça-feira (22), com queda de 5% e cotado a US$ 37.152,89 nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinGecko. O Ethereum (ETH) perde 6,7%, negociado a US$ 2.549,98. O mercado de criptomoedas está abalado pela iminência do conflito entre Rússia e Ucrânia.

O Cardano (ADA) caiu recentemente para a marca de menos de um dólar por token. Mas o fundo ainda parece distante: a cripto opera em baixa de 12% e é vendida a US$ 0,84.

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Também operam em baixa nesta terça-feira (22): Solana (-12%), Avalanche (-14%), Polkadot (-8,2%), Binance Coin (-6,2%), XRP (-12,5%), Terra (-3,7%), Dogecoin (-8%), Shiba Inu (-10,2%)

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou o envio de tropas a dois territórios separatistas apoiados pelo governo russo na Ucrânia e insinuou a possibilidade de uma campanha militar mais ampla, reivindicando toda a Ucrânia como um país “criado pela Rússia” em discurso na TV à população, informou o New York Times

Autoridades da Casa Branca disseram na segunda-feira que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai impor sanções econômicas às duas regiões separatistas reconhecidas por Putin como independentes, mas não chegou a anunciar sanções diretamente à Rússia. Uma nova resposta do Ocidente é esperada nesta terça-feira, quando vários assessores de Biden acreditam que forças russas cruzarão a fronteira com a Ucrânia, o que levaria a pesadas sanções ao governo de Moscou. 

“Os mercados financeiros estão muito sensíveis neste momento, a confiança temporária pode evaporar rapidamente e é isso que vimos hoje após o que parece ser outra deterioração nas relações entre a Rússia e as potências ocidentais”, escreveu Susannah Streeter, analista sênior de investimentos e mercados da empresa serviços financeiros britânica Hargreaves Lansdown, em e-mail ao CoinDesk

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No Brasil, o Bitcoin recua 6,5%, para R$ 190.602,98, segundo o índice do Portal do Bitcoin

O mercado americano ficou fechado na segunda-feira devido ao feriado do Dia dos Presidentes, mas as bolsas europeias operam no vermelho diante da escalada da tensão entre Rússia e Ucrânia. A terça-feira também foi de perdas para os índices acionários na Ásia

A crescente correlação do Bitcoin com o Nasdaq Composite e o fundo de índice (ETF) ARK Innovation sugere que a criptomoeda se tornou outro ativo de risco, disseram analistas do hedge fund Man Group no relatório “Views From the Floor – Is Crypto Just a Rate Sensitive Risk Asset?”. Segundo eles, não surpreende que o Bitcoin esteja cada vez mais correlacionado com ativos de risco, como ações, cujo valor está vinculado a fluxos de caixa no longo prazo, o que revela uma marca dos investimentos na última década: “há muito capital em busca de pouco crescimento econômico genuíno”. 

Em relatório, John Roque, da 22V Research, disse que o Bitcoin pode cair abaixo de US$ 30.000 – pela primeira vez desde julho passado – em meio à maior demanda por segurança oferecida por ativos como o ouro, levando o metal precioso a um recorde, segundo a Bloomberg

Outros destaques 

Bull market só em 2025?: O cofundador da exchange Huobi, Du Jun, prevê que o mercado de criptomoedas está no início de um “bear market” (longo período de desvalorização) e que um ciclo de valorização, ou “bull market”, só deve ocorrer no fim de 2024 ou 2025 e há um motivo para isso: o chamado “halving” na mineração de Bitcoin, que irá reduzir a recompensa de mineradores dos atuais 6,25 BTC para 3,125 BTC, disse o executivo à CNBC em entrevista publicada pelo Portal do Bitcoin.  

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Rodada da Amber: A plataforma de criptomoedas Amber Group captou US$ 200 milhões em uma rodada liderada pelo Temasek, o fundo soberano de Singapura, noticiou o The Block. O investimento avalia a Amber, que também tem sede em Singapura, em US$ 3 bilhões – e eleva o valor total captado até o momento para US$ 328 milhões.

Aposta em derivativos: Empresas cripto querem aumentar a presença nos mercados de derivativos dos EUA, que operam sob rígida regulamentação, para atender à demanda de investidores de varejo. Volumes em derivativos cripto somaram quase US$ 3 trilhões no mês passado, respondendo por mais de 60% das negociações de criptomoedas, segundo dados da CryptoCompare. A maioria das atividades ocorre em bolsas offshore, como as operadas pela Binance, que estão sujeitas a pouca ou nenhuma supervisão regulatória, de acordo com o Financial Times

Fatia na Contabilizei: O SoftBank Latin America Fund adquiriu uma participação minoritária na Contabilizei, a maior empresa de serviços contábeis digitais do país. A empresa já vinha anunciando aportes nas operações da companhia, mas sem relatar o tamanho da participação no negócio, noticiou o Valor

Regulação e CBDCs 

Regulação no Brasil: As criptomoedas devem entrar na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado nesta terça-feira, quando o colegiado irá discutir projetos que tratam das operações realizadas com moedas virtuais. Ao todo, três projetos sobre o tema tramitam de forma conjunta na Casa e receberam parecer do senador Irajá Abreu (PSD-TO), destacou o Portal do Bitcoin

Problemas com o DCash: O DCash – uma versão digital do dólar do Caribe Oriental usado por sete pequenas nações – está offline há mais de um mês e pode levar vários dias para que os serviços sejam completamente restaurados, disseram autoridades à Bloomberg. O crash do DCash destaca alguns desafios técnicos enfrentados por governos que planejam adotar moedas eletrônicas soberanas. 

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Lei de Emergência no Canadá: O Parlamento do Canadá aprovou na segunda-feira a extensão do uso dos poderes especiais de emergência invocados na semana passada pelo primeiro-ministro Justin Trudeau para reprimir protestos contra mandatos relacionados à Covid-19, de acordo com o Wall Street Journal. Sob a lei de emergência, instituições financeiras congelaram mais de 200 contas financeiras de pessoas físicas e uma conta de uma processadora de pagamentos no valor de 3,8 milhões de dólares canadenses, ou o equivalente a US$ 3 milhões. A polícia também bloqueou transações associadas a 253 endereços de criptomoedas. 

Segurança 

Golpes de romance: Golpes que buscam atrair vítimas em aplicativos de relacionamento aumentaram na pandemia, assim como os preços das criptomoedas, conforme o New York Times. Isso tornou o mercado cripto um ponto de entrada útil para criminosos que buscam roubar vítimas sob o pretexto de interesse em um relacionamento afetivo. 

Metaverso, Games e NFTs 

Festival Coachella: O festival de música e artes está de volta após o cancelamento dos dois últimos eventos devido à pandemia de coronavírus, segundo a Forbes. Para marcar seu retorno, organizadores estão criando uma variedade de tokens não fungíveis com o objetivo de conectar as NFTs do Coachella a benefícios tangíveis do mundo real, como entradas vitalícias para o evento e acesso a áreas e atrações exclusivas.

FTX entra em games: A afiliada americana da corretora de criptomoedas FTX lançou uma unidade de jogos, a FTX Gaming, queoferecerá tokens de jogos e suporte a NFTs. A unidade já está contratando engenheiros de software. “…Existem mais de dois bilhões de jogadores no mundo que jogam e colecionam itens digitais e, agora, também podem possuí-los”, afirmou um porta-voz da FTX à Bloomberg

Esportes 

Novo token na F1: O novo fan token da equipe de Fórmula 1 Alpine começou a ser negociado na segunda-feira (21) na Binance e, em poucos minutos, conseguiu se valorizar cerca de 1.800%, ao saltar de US$ 1 para US$ 18,99, segundo o Portal do Bitcoin. Os dados da plataforma de negociação da Binance mostram que o ALPINE não teve forças para se manter no topo por muito tempo e rapidamente recuou para US$ 5. Nesta terça-feira, o token é negociado na casa dos US$ 6. 

Time da NFL: Um grupo de torcedores do Denver Broncos, da NFL, quer utilizar a tecnologia blockchain e criptomoedas para comprar o time de futebol americano. Para isso, criaram uma Organização Autônoma Descentralizada (DAO), a BuyTheBroncosDAO. A operação é estimada em US$ 4 bilhões, conforme aponta o Portal do Bitcoin.