O governo do Zimbábue suspendeu todos os pagamentos mobile, incluindo operações da provedora dominante Ecocash na sexta-feira (26). A Bolsa de Valores do Zimbábue também foi condenada a interromper as negociações, em uma escalada dramática da crise cambial do país.
O governo alega que a medida é evitar uma conspiração para sabotar o dólar do Zimbábue, que está em colapso. Mas milhões de zimbabuenses dependem de operadores de pagamento digital porque obter dinheiro físico é muito difícil. Ecocash também é usada para comprar Bitcoin.
Em resposta, a Ecocash prometeu desafiar a proibição. Ele afirma que apenas o banco central do Zimbábue pode ordenar que ela pare de negociar. Enquanto isso, o portal de notícias africano Bitcoinke afirma que “a demanda por Bitcoin disparou” após a suspensão – suas fontes afirmam que a criptomoeda está sendo vendida 18% acima do preço de mercado.
Uma moeda nacional, o dólar do Zimbábue ou Zimdollar, foi reintroduzida em 2019, substituindo uma cesta de moedas nacionais, incluindo o iene japonês, o dólar americano e a libra esterlina. Para forçar os cidadãos a deixar o sistema anterior, o governo proibiu o uso doméstico de moedas estrangeiras. Mas – com o governo atolado em escândalos de corrupção – rapidamente perdeu terreno para o dólar americano. Esta é a quinta vez na história do Zimbábue que sua moeda nacional entra em colapso.
Enquanto isso, a inflação subiu acima de 750% e o mercado de ações local subiu, pois os investidores procuraram refúgios.
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Muitos zimbabuenses recorreram a pagamentos digitais e, em 2019, as carteiras mobile representaram quase 85% de todos os volumes de transações e 22,6% de valor, segundo o banco central do país.
O governo alega que os operadores de pagamento móvel e a bolsa de valores estão deliberada ou inadvertidamente atuando para sabotar a economia e são a causa da volátil taxa de câmbio do mercado negro de Zimdollar. A Ecocash nega qualquer irregularidade.
*Traduzido e republicado com autorização da Decrypt.coCompre Bitcoin na Coinext
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