Vórtx e QR Capital se unem para lançar nova exchange de valores mobiliários em blockchain

A Vórtx QR Tokenizadora foi uma das três instituições aprovadas no Sandbox Regulatório da CVM
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Blockchain será tema de trabalho de uma Frente Parlamentar (Foto: Shutterstock)

Após receber o aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para participar do Sandbox Regulatório, as empresas Vórtx e QR Capital se uniram para criar a primeira exchange regulada de valores mobiliários digitais, 100% baseada em tokens e blockchain.

As empresas receberam a “benção” da CVM para desenvolver, no âmbito do Sandbox Regulatório, a nova plataforma que pretende digitalizar a atividade de intermediação de ofertas públicas de valores mobiliários, como debêntures e cotas de fundos de investimento, através da tecnologia blockchain.

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Segundo nota enviada à imprensa nesta sexta-feira (1º), a exchange será desenvolvida no modelo joint venture entre a Vórtx, fintech de infraestrutura para o mercado de capitais com mais de R$ 500 bilhões de ativos em sua plataforma, e a QR Capital, holding brasileira de criptoativos.

O sinal verde para a parceria veio quando a CVM finalizou o primeiro processo de admissão do Sandbox Regulatório, uma iniciativa que permite que instituições testem projetos inovadores (produtos ou serviços experimentais) com clientes reais, seguindo regulações específicas.

Ao mesmo tempo em que a empresa ganha liberdade para testar novos produtos, o Sandbox também permite que os reguladores avaliem na prática a melhor forma de regular esse novo mercado.

Vórtx QR Tokenizadora

A partir de 15 de fevereiro de 2022, a Vórtx e a QR Capital estarão autorizadas a realizar a constituição e administração de mercados organizados de valores mobiliários, baseados na tecnologia de tokens e blockchain. A autorização será válida por um ano e expira em 14 de fevereiro de 2023.

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O novo acordo dispensa a nova instituição de uma série de obrigações e a permite oferecer a negociação de ativos em um mercado balcão de forma exclusiva. 

A nova Vórtx QR Tokenizadora começa em breve a seleção dos 12 emissores que poderão participar da plataforma. “Serão prestados serviços de escrituração de debêntures, cotas de fundos de investimento fechados, cédulas e certificados de depósito e valores mobiliários”, explica a nota.

Juliano Cornacchia, CEO e cofundador da Vórtx, avalia o aval recebido da CVM como um grande passo para a completa digitalização do mercado de capitais. 

“Nessa primeira etapa do projeto vamos transformar valores mobiliários tradicionais em ativos digitais (tokens), de forma que possam ser facilmente negociados por qualquer pessoa. O processo de tokenização veio para ficar e vai mudar a forma que as pessoas fazem investimentos”, disse o executivo em nota.

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De acordo com o CEO da QR Capital, Fernando Carvalho, a tokenização de debêntures e de outros valores mobiliários, “além de trazer mais eficiência e menores custos, democratiza o acesso a novas classes de ativos antes restritas ou negociadas em infraestruturas altamente intermediadas”.