Imagem da matéria: Volume de Bitcoin na Venezuela bate novo recorde
(Foto: Shutterstock)

O volume de Bitcoin negociado pelos venezuelanos através da plataforma peer-to-peer LocalBitcoins disparou 30% na semana passada e atingiu um recorde histórico.

Segundo dados do Coin.Dance, o volume da semana de 02/02 a 09/02 do par Bs/BTC (Bolivar Soberano/Bitcoin) teve um aumento de 2.454 BTCs. Em dólares americanos, o montante equivale a 8,95 milhões, ou US$ 1,29 milhão por dia.

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(Fonte: Coin.Dance)

Segundo o pesquisador de criptomoedas Matt Odell, o volume seria maior se fosse considerado os 40% de supervalorização do bitcoin no mercado venezuelano. Ou seja, se o ‘price premium’ tivesse sido considerado, o volume poderia chegar a cerca de US$ 14 milhões, US$ 5.800 por BTC.

No Twitter ele postou:

“Volume semanal 2454 bitcoin x US$ 3650 = US$ 8.957.100 esta semana ÷ 7 = US$ 1.279.585 em média por dia. Mas se considerar o ‘price premium’ de 40% isso seria maior”.

Uma montagem do Crypto Globe que considera os graficos da Coin.Dance e do Crypto Compare também evidencia a alta.

(Fonte: Coin.Dance e CryptoCompare.com)

Venezuela e a recessão

Em meio a uma intensa recessão econômica na Venezuela, o Bolívar tornou-se essencialmente sem valor. Tem ajuda vindo do exterior, principalmente dos Estados Unidos, mas os soldados venezuelanos não os deixam entregar alimentos e produtos básicos, conforme publicou a CCN na segunda-feira (11).

Isto pode ter contribuído para que nas últimas semanas os venezuelanos recorressem a criptomooedas por esperança, tentando utilizar a criptomoeda para comprar alimentos e produtos de primeira necessidade.

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O entusiasmo dos venezuelanos pelo bitcoin acontece poucos dias após o governo ter anunciado um decreto que exige registro de exchanges e mineradores de criptomoedas no país, sob pena de multa.

Venezuelanos preferem Bitcoin a Petro

Embora não haja evidência de que a Petro, moeda nacional da Venezuela, esteja sendo usada, os venezuelanos recorrem cada vez mais ao bitcoin.

Esta pode ser uma maneira que eles encontraram de proteger seus capitais e mantê-los longe da hiperinflação, ou até mesmo com o intuito de juntar valor o suficiente para deixar o país, com fez o venezuelano Amílcar Ortega Rangel.

Isso porque a Petro mais parece uma criptomoeda centralizada e nas mãos do ditador Nicolás Maduro que recentemente deu uma ‘canetada’ e aumentou seu preço em 150%. Isso não acontece com com o bitcoin, a maior criptomoeda do mercado cuja volatilidade se dá através da oferta e da demanda.

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Opositor de Maduro é pró-Bitcoin

Outro fator que também pode ter influenciado o recorde de volume de bitcoin no país é a ascensão de Juan Guaidó, líder oposicionista contra o governo Maduro e autodeclarado presidente da Venezuela.

Guaidó já disse que a Petro é apenas mais uma maneira de Maduro enganar seu próprio povo. No Twitter, ele já chegou a publicar sobre o bitcoin, o que sugere uma boa visão acerca da criptomoeda.


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