Imagem da matéria: Sobrinho de Bolsonaro vai ser investigado pela PGR por pedir doação em bitcoin
Sobrinho de Bolsonaro Leo Índio (Foto: Reprodução/Instagram)

Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, que nas redes sociais se apresenta como “sobrinho do presidente” Jair Bolsonaro, virou alvo de uma investigação acerca dos atos de 7 de Setembro. Segundo a Folha, o órgão vai apurar a organização e financiamento das manifestações e os ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), apoiada por Leo, que pediu doações em bitcoin.

No final de agosto, Leo pediu doações no Instagram: “7 de setembro vai ser gigante! Contribua com a manifestação em bitcoin”, publicou ele na época. Por conta disso, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, bloqueou suas contas nas redes sociais e autorizou que a Polícia Federal tomasse seu depoimento.

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Ainda de acordo com a reportagem, Moraes acatou o pedido e também ordenou às plataformas Facebook, Instagram, Twitter e Youtube que bloqueassem as contas usadas para arrecadação divulgadas pelo investigado.

A Folha também divulgou um trecho do pedido da PGR que diz:

“O quadro probatório demonstra a atuação de Marcos Gomes (Zé Trovão) e Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, na divulgação de mensagens, agressões e ameaças contra a democracia, o Estado de Direito e suas instituições que, na conclusão da Procuradoria-Geral da República, é mais do que suficiente para justificar as medidas cautelares”.

Pedido de doações em Bitcoin

Quando Léo Índio passou a pedir doações em bitcoin, ele alegou que a alternativa se deu por conta do bloqueio determinado por Moraes de uma conta bancária ligada a uma chave Pix, usada para angariar fundos. Tanto o ministro quanto a PGR entenderam se tratar de financiamento para atos criminosos e violentos.

“O supremo togado, cabeça de ovo, está mandando bloquear os PIXs que arrecadam para o dia 7 de setembro! Por enquanto a chave PIX [email protected] está funcionando, mas caso tenha problemas, criamos essa nova forma de contribuição!”, escreveu o sobrinho do presidente na época em sua conta no Instagram.

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A carteira de bitcoin informada por Léo Índio, cujo endereço é “abc1q734wusfg95yzg2at777d7lu7cmd3e3ymlzz4g8”, recebeu R$ 6.750 em BTC, conforme mostram dados no blockchain do Bitcoin. Posteriormente, os fundos foram usados, restando apenas ฿ 0.00001208 BTC (cerca de R$ 2,60).

Sobre o parentesco de Leonardo Rodrigues de Jesus com a família Bolsonaro, o UOL apurou que ele é filho do militar e ex-professor do Instituto Militar de Engenharia, Cláudio Márcio Rodrigues de Jesus, e da pianista e missionária Rosemeire Nantes Rodrigues, irmã de Rogéria Nantes, mãe dos três filhos mais velhos de Jair Bolsonaro.