Imagem da matéria: Presidente do Banco Central da Islândia chama bitcoin de "pirâmide financeira"
Ásgeir Jónsson, o presidente do Banco Central da Islândia (Foto: Governo da Islândia/Divulgação)

Ásgeir Jónsson, o presidente do Banco Central da Islândia criticou a especulação provocada pelo bitcoin (BTC), de acordo com a publicação local The Reykjavik Grapevine. Na última segunda-feira (1), o burocrata deu uma entrevista à rádio Bylgjan, e comparou a criptomoeda a uma pirâmide financeira.

“Quando você escuta falar das pessoas comprando essas ‘moedas’ para lucrar, é preocupante”, começa Jónsson. “Eu alerto contra toda a especulação, e nós estamos falando sobre um ativo muito estranho. Uma coisa é investir nas ações de uma empresa, ou em títulos emitidos por um ente que possui operações e fontes de renda”, disse à rádio.

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“Contudo, aqui nós temos pessoas que estão apenas apostando na valorização da moeda, e isso me parece um esquema de pirâmide”, concluiu o agente público. Ele ocupa a posição oficial desde agosto de 2019, num mandato previsto para 5 anos. Ásgeir Jónsson influencia nas diretrizes políticas do país desde a década de 2000, de acordo com o próprio Banco Central.

Bitcoin e crime organizado

Além de criticar a especulação dos investidores de criptomoedas, o presidente comentou sobre os criminosos que utilizam esses ativos. Para ele, o bitcoin é “frequentemente utilizado” para fins ilícitos, conforme a reportagem do Grapevine.

No mais, a visão do economista parece moldar a posição oficial do Banco Central da Islândia. Isso porque a instituição também é crítica em relação aos criptoativos. No começo de fevereiro, o banco emitiu um alerta sobre as criptomoedas, segundo o mesmo portal. No documento, as autoridades afirmaram que as criptomoedas não possuem curso legal e, portanto, não são garantidas por lei.

O ente público também lembrou os cidadãos islandeses que as empresas que operam na área dos criptoativos não estão sujeitas aos regulamentos financeiros tradicionais. A preocupação, nesse caso, está direcionada aos mineradores de criptomoedas. Devido à sua geografia, a Islândia se tornou um local proeminente para a mineração de Bitcoin.

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O The Guardian define as duas características principais que tornam aquele país ideal para os mineradores. Uma delas é a abundância energética, promovida pelas fontes de energia geotérmica e hidroelétrica. A segunda é o clima frio, que contribui para a manutenção da temperatura dos computadores utilizados no processo de mineração.