Popó em entrevista no Flow podcast
Acelino Popó Freitas em entrevista no Flow Podcast (Imagem: Reprodução)

O tetracampeão mundial de boxe, Acelino ‘Popó’ Freitas, comemorou a prisão dos donos da pirâmide financeira Braiscompany realizada na quinta-feira (29) na Argentina. “Melhor presente de 2024”, escreveu o boxeador em um comentário no Instagram do Portal Celino Neto, que repercutiu a notícia.

Popó, cuja história no esporte voltou ao mainstream após lutas com Kleber Bambam e Whindersson Nunes, revelou no ano passado que havia aplicado R$ 1,2 milhão na Braiscompany. A fala ocorreu durante uma live realizada por Ais.

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Antônio Neto Ais e Fabrícia Farias Campos foram presos ontem no condomínio fechado em que moravam em Escobar, província de Buenos Aires, em uma operação da Interpol.

As autoridades descobriram o paradeiro dos foragidos há uma semana, ao seguir os rastros deixados pelo casal em compras em um supermercado e também em uma academia.

Para localizá-los, os investigadores da Interpol usaram um drone que foi capaz de identificar a van KIA 4×4 usada pela família. Quando Neto Ais chegava ao condomínio na noite passada, duas brigadas da Polícia Federal bloquearam seu caminho e realizaram a prisão.

Dono da Braiscompany tentou fugir

Ao ver os policiais, o brasileiro tentou fugir. Mas uma vez capturado e já algemado, finalmente confirmou ser a pessoa que estavam procurando.

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Imagens do momento da prisão divulgadas pelo Clarín mostram um Antônio Neto Ais diferente, de cabelo curto e cabisbaixo. Na Argentina, ele usava uma identidade falsa, na qual havia adotado um novo nome: João Felipe Costa.

antonio neto ais preso
Antônio Neto Ais, criador da Braiscompany, preso na Argentina (Imagens: Reprodução/Clarín)

O golpe da Braiscompany

A Braiscompany era uma empresa que prometia retornos fixos aos seus clientes por meio do suposto investimento em criptomoedas. O esquema pedia que o investidor comprasse valores em Bitcoin e os enviasse para uma carteira da empresa, que geraria o lucro prometido através do trade da criptomoeda.

Em dezembro de 2022, a Braiscompany parou de pagar os clientes. Em fevereiro de 2023, a pirâmide ruiu: o Ministério Público Federal abriu um processo penal contra Neto Ais e Fabrícia Campos e a Justiça autorizou pedidos de prisão preventiva que tentaram ser cumpridos na Operação Halving em fevereiro. O casal, no entanto, fugiu para a Argentina, entrando no país por Puerto Iguazú.

Um dia após a Operação Halving, Ais fez um post em sua conta no Instagram com a frase “Força para lutar, fé para vencer” – e a geolocalização do usuário mostrava sua presença no país vizinho.

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Com o passar dos meses, vários indícios apontaram a presença do casal na Argentina, incluindo a prisão de aliados na região. O último indício é de semanas atrás, quando veio à tona um vídeo de um homem parecido com Antônio Neto Ais em uma academia em Tigre, província de Buenos Aires.

88 anos de prisão

Em fevereiro deste ano, a Justiça Federal condenou os criadores da pirâmide financeira Braiscompany, Antônio Neto Ais, a 88 anos e sete meses de prisão, e Fabrícia Farias, a 61 anos e 11 meses.

A decisão do juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande, Vinícius Costa Vidor, ainda conta com a condenação de mais oito pessoas ligadas ao caso da pirâmide.

Entre os crimes citados na sentença estão operar instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais. No total, o juiz estabeleceu uma multa de R$ 377 milhões, sendo R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em danos morais coletivos.

Confira quem são os condenados e suas respectivas penas:

  • Antônio Inácio da Silva Neto – 88 anos e 7 meses
  • Fabrícia Farias – 61 anos e 11 meses
  • Mizael Moreira da Silva– 19 anos e 6 meses
  • Sabrina Mikaelle Lacerda Lima – 26 anos
  • Arthur Barbosa da Silva – 5 anos e 11 meses
  • Flávia Farias Campos – 10 anos e 6 meses
  • Fernanda Farias Campos – 8 anos e 9 meses
  • Clélio Fernando Cabral do Ó – 19 anos
  • Gesana Rayane Silva – 14 anos e 6 meses
  • Deyverson Rocha Serafim – 5 anos

Vidor, em sua condenação, afirmou que os elementos de prova colhidos ao longo da instrução demonstraram que Neto Ais e Fabricia foram os “mentores do esquema criminoso sob investigação, bem como os principais beneficiados pelo mesmo”.

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