Imagem da matéria: Policiais são presos após acusação de cobrarem dívida de R$ 4 milhões em Bitcoin de empresário de Santos
Foto: Shutterstock

Um empresário de Santos acusou policiais civis e militares de o extorquirem a mando de um ex-cliente com o qual tem uma dívida milionária em bitcoin. Como consequência, as Corregedorias da Polícia Militar e Civil de São Paulo cumpriram nesta segunda-feira (30) 10 mandados de prisão preventiva contra os acusados. As informações são do UOL.

Conforme a reportagem, foram presos sete policiais civis e e dois militares — todos enviados a um presídio especial da corporação. Os nomes dos suspeitos não foram revelados.

Publicidade

A reportagem do UOL diz que a vítima primeiro entrou em contato com o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) de Santos, onde foi encaminhado para a corregedoria da Polícia Civil de São Paulo.

Segundo o depoimento do empresário, ele pagou quase R$ 1 milhão depois de ter sido abordado pelos acusados na Avenida Paulista e levado ao 73º DP na zona norte da cidade. A exigência, porém, era ainda maior: de R$ 2 milhões.

A vítima disse que o responsável pelo esquema seria um ex-cliente para o qual deve R$ 4 milhões em Bitcoin. Também não se sabe qual o nome da empresa.

Ao UOL, a corregedoria da Civil afirmou que o caso ficaria sob sigilo. A da Militar informou que os PMs faziam bicos para o empresário, sendo um deles da ROTA (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).

Publicidade

Bitcoin e violência

Casos parecidos estão começando a ficar cada vez mais conhecidos. Em Brasília, por exemplo, a Polícia Civil investiga o sequestro de Marlon Gonzalez Motta, acusado de aplicar golpes em investidores usando Bitcoin e outra criptomoedas. 

Ojovem, que tem 23 anos, foi pego por dois empresários que teriam sido vítimas de um golpe ao sair de uma festa no final de agosto. Eles levaram Marlon para um cativeiro, deram coronhadas na sua cabeça e o forçaram a transferir R$ 152 mil em Bitcoin para duas carteiras.

A dupla foi descoberta pela polícia e agora está sendo investigada.