Imagem da matéria: Polícia Federal prende “corretor das celebridades” da GAS Consultoria que estava foragido
Michael de Souza Magno era o braço direito de Glaidson dos Santos (Foto: Reprodução)

A Polícia Federal prendeu na terça-feira (12), em São Paulo, o braço de Glaidson dos Santos na GAS Consultoria, Michael de Souza Magno, que era considerado foragido da Justiça. Conhecido como “corretor das celebridades”, o marido da atriz Juliana Kelling, de novelas da Record, é um dos investigados num suposto caso de pirâmide financeira com criptomoedas.

Michel Magno foi localizado e detido por agentes da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários da Superintendência da PF na Rodovia Castelo Branco, a bordo de um Jaguar, na altura do município de Araçariguama. Sem divulgar nomes, a Polícia Civil do RJ divulgou uma nota da ocorrência e um vídeo do momento da abordagem. O portal Metrópoles divulgou as demais informações.

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No início do mês, 17 acusados viraram réus na Justiça. Assim como Michel, cinco suspeitos ainda permanecem foragidos, dentre eles, a esposa de Glaidson e provável mentora do esquema da GAS Consultoria, Mirelis Diaz Zerpa. Trechos da denúncia acusam o casal de terem promovido, constituído, financiado e integrado organização criminosa preordenada à prática de crimes contra o sistema financeiro, contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.

GAS Consultoria

A operação Kryptos em sua fase inicial apreendeu malas de dinheiro em helipontos e realizou grampos do dono da GAS Consultoria mandando prender jornalistas. Até então, a última ação da PF no caso ocorreu justamente na casa de Michel e Kelling. A atriz, que não é uma das indiciadas no caso, resistiu em entregar um celular no dia em que a polícia esteve na residência do casal, em Alphaville, no início do mês.

Por outro lado, Michel faz parte de um grupo suspeito de crime contra o sistema financeiro e participação em organização criminosa. Ele é apontado como um dos grandes operadores da GAS Consultoria.

O negócio consistia em oferta de investimentos em supostas operações com criptomoedas cujo rendimento prometido era na casa dos 10% ao mês. A CVM viu indícios de crime contra a economia popular e denunciou a empresa ao Ministério Público que deu andamento no processo.

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A GAS Consultoria parou de pagar seus clientes, alegando impossibilidade pelo fato de a Justiça ter ordenado o bloqueio de R$ 38 bilhões em ativos da empresa. No dia 15 de setembro, o Ministério Público Federal (MPF) anunciou que autorizou a venda de R$ 150 milhões em bitcoin apreendidos de Glaidson.

A Operação Kryptos foi deflagrada em decorrência de denúncias da CVM e Ministério Público. Em sua primeira batida, encontrou na casa de Glaidson várias malas de dinheiro, carros de luxo, joias e 591 bitcoins. No mês passado, a Justiça negou pela segunda vez o pedido de habeas corpus do ex-garçom.

Investidores entram na Justiça

Segundo publicação do G1, vários clientes da GAS Consultoria de Campos dos Goytacazes (RJ) entraram na Justiça contra a empresa como pedido de rescisão do contrato e devolução de dinheiro. Um grupo representado pelo advogado Jefferson Almeida fez investimentos entre R$ 5 mil e R$ 20 mil, aponta a reportagem.

De acordo com Almeida, diz o site, o número de ações contra a GAS pode aumentar devido à procura de seus serviços. Outro advogado, José Paes Neto, calcula que, em todo o estado, já são 240 processos contra a empresa, concluiu o G1.