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Polícia desmonta operações de mineração de Bitcoin na Europa; veja vídeo

Segundo a ministra da economia de Kosovo, os centros eram clandestinos e não pagavam pela energia usada para minerar as criptomoedas

Centro de mineração de bitcoin clandestino em Kosovo
Centro clandestino de mineração em Kosovo (Reprodução/Twitter)

No último fim de semana, autoridades de Kosovo, país da região dos Bálcãs, na Europa, deram início a uma repressão contra os mineradores de Bitcoin, fechando pelo menos duas instalações próximas à fronteira com a Sérvia.

De acordo com vídeos compartilhados pela ministra da economia do país, Artane Rizvanolli, os dois centros de mineração, que juntos funcionavam com quase 200 máquinas, não pagavam pela eletricidade usada.

Segundo a ministra, um dos centros de mineração operava em Zubin Potok, cidade ao norte do país com cerca de 15 mil habitantes.

O segundo alvo também operava com instalações elétricas clandestinas na mesma região, ao norte, onde a população predominante ainda é de sérvios, desde a declaração de independência de Kosovo há 15 anos.

“O não pagamento das contas de eletricidade incentiva essas atividades ilegais. É por isso que a Sérvia bloqueia a implementação deste roteiro de energia. Cumprimos todos os nossos compromissos. Hora do outro lado fazer o mesmo, com urgência!”, escreveu a ministra.

Vale lembrar que Kosovo e Sérvia são países que seguem sob tensão há anos. Sobre isso, a ministra esclareceu:

“Esses e outros desenvolvimentos semelhantes nos municípios do norte não têm nada a ver com as relações interétnicas em Kosovo, como alguns gostam de retratar. É uma questão de estado de direito versus atividades ilegais”.

A atividade de mineração de criptomoedas passou a ser proibida em Kosovo desde o ano passado, quando o governo declarou um estado de emergência para lidar com sua crise energética, inclusive tendo que importar eletricidade da Sérvia.

Kosovo declarou independência da Sérvia em 2008, mas Belgrado nunca reconheceu a condição de Estado de sua antiga província separatista e ainda a considera parte de seu território, explica o UOL em uma publicação de fevereiro deste ano.