Imagem da matéria: Polícia derruba exchange de criptomoedas que gerou prejuízo de R$ 620 milhões a investidores
Policial de Hong Kong (Foto: Shutterstock)

A polícia de Hong Kong prendeu seis pessoas nesta segunda-feira (18) em um caso envolvendo a plataforma de negociação de criptomoedas JPEX, acusada de gerar um prejuízo que pode chegar a 1 bilhão de dólares de Hong Kong (pouco mais de R$ 620 milhões).

Segundo o jornal South China Morning Post, foram presos quatro homens e duas mulheres, incluindo os influenciadores Joseph Lam Chok e Chan Wing-yee. Até o início da tarde de hoje, no horário local, a polícia já havia recebido 1.408 denúncias de fraude na JPEX.

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A JPEX, com escritórios e unidades em Dubai, Austrália e Estados Unidos, suspendeu as transações de criptomoedas em sua plataforma de Hong Kong, citando “notícias negativas” e o que chamou de “tratamento injusto por parte de instituições relevantes” que fez com que seus parceiros congelassem seus fundos.

Briga com reguladores

No fim da semana passada, a Comissão de Valores Mobiliários e Futuros de Hong Kong (SFC) já havia emitido um aviso dizendo que a JPEX estava operando sem licença e que ela “enganava os investidores”.

Segundo a SFC, a plataforma nunca foi licenciada para operar em Hong Kong, além de ter feito falsas alegações de ser licenciada por reguladores estrangeiros na sua oferta de produtos de alto rendimento.

Mesmo assim, a JPEX fez diversos anúncios nas estações de metrô e nos transportes públicos da cidade e até apresentou celebridades locais nos seus outdoors.

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No sábado, a polícia disse ter recebido 83 reclamações relacionadas à JPEX, envolvendo cerca de 34 milhões de dólares de Hong Kong em ativos virtuais. As vítimas afirmaram que não conseguiram sacar os valores sem taxas exorbitantes, que chegavam a até 99% do montante investido, antes mesmo da plataforma suspender as negociações.

A JPEX é “um incidente individual” e “as agências de aplicação da lei e os reguladores devem fazer o seu trabalho para que a confiança dos investidores não seja afetada”, disse Johnny Ng Kit-chong, membro do Conselho Legislativo da cidade, em coletiva de imprensa.