Smartphone mostra logotipo da Binance à frente de tela de negociação
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A maior exchange de criptomoedas do mundo, Binance, passou o ano perdendo espaço no mercado, com sua participação (market share) caindo gradativamente ao longo dos meses em um cenário em que a empresa enfrentou – e enfrenta – uma série de investigações e que recentemente resultaram na saída de seu fundador Changpeng “CZ” Zhao.

Dados da empresa de dados CCData passados ao site CoinDesk apontam que a participação de mercado da Binance caiu para 30,1% no início de dezembro, contra um valor que chegava a 55% no início de 2023.

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Entre janeiro e setembro, os volumes mensais no mercado à vista negociados na exchange desabaram mais de 70%, passando de US$ 474 bilhões para US$ 114 bilhões. Por outro lado, a CCData afirma que esse volume passou a aumentar no último trimestre do ano, ainda que seu market share tenha continuado a cair.

Em seu mais recente relatório público, que compila dados até o fim de novembro, a CCData já citava que a participação da Binance quando considerado o volume total de mercado à vista e de derivativos havia caído pelo nono mês seguido, saindo de 60% em janeiro para 43,4%.

Por outro lado, os volumes combinados de à vista e derivativos das exchanges OKX e Upbit subiram 58% e 45,5%, para US$ 731 bilhões e US$ 431 bilhões, respectivamente. Além disso, as duas corretoras atingiram no mês passado seus recordes de market share, com 20,2% para OKX e 11,9% para Upbit.

Em novembro a Binance já havia sido superada pela Bolsa de Chicago (Chicago Mercantile Exchange, ou CME) no mercado de futuros de Bitcoin (BTC), deixando de ser a maior bolsa do mundo no segmento, o que não ocorria há pelo menos dois anos, segundo dados da CoinGlass.

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No mês passado, o governo dos Estados Unidos aplicou uma multa de US$ 4,3 bilhões contra a Binance, no que entrou para a história como uma das maiores penalidades corporativas já vistas no país.

O pagamento da multa, a saída do CEO e o comprometimento de encerrar todas as operações nos EUA fazem parte de um acordo entre a empresa e o governo para encerrar as investigações criminais contra o grupo. 

Isso porque a Binance admitiu ter permitido transações com o Hamas e outros grupos terroristas na plataforma, o que culminou em várias acusações criminais contra a entidade, incluindo falhas no combate à lavagem de dinheiro, operação de negócios de transmissão de dinheiro não licenciado e violação de sanções dos EUA. 

Além da saída de CZ, a Binance também viu um grande número de saídas de executivos este ano, incluindo o seu diretor de estratégia, Patrick Hillmann, o diretor sênior de investigações, Matthew Price, e o chefe do Reino Unido, Jonathan Farnell.