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Ouro tem maior queda diária em cinco anos, enquanto Bitcoin e outras criptos sobem

Após quebrar diversos recordes de preço, ouro cai forte nesta terça, enquanto o Bitcoin volta a subir após dias de queda

Bararras de ouro e moedas de bitcoin
Shutterstock

O ouro registra forte queda nesta terça-feira (21), depois de semanas de ganhos e várias máximas históricas quebradas. Ao mesmo tempo, o Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas sobem depois de um grande crash registrado no último dia 10 e que tem pressionado o mercado desde então.

Por volta das 15h (horário de Brasília), o ouro registrava queda de 5,4%, cotado a US$ 4.123, sua pior queda em um dia desde novembro de 2020, depois de bater uma máxima histórica de US$ 4.260 ontem. Na mínima do dia, o metal precioso chegou a desabar 6,3%, a US$ 4.082. Apesar disso, o ouro ainda registra valorização de cerca de 60% no ano.

A queda ocorre após meses de ganhos fortes impulsionados por expectativas de corte de juros e hedge geopolítico diante da guerra comercial, deixando a alta do ouro parecendo esticada e despertando interesse renovado no Bitcoin e outros ativos de risco.

No últimos dois meses, o ouro superou o Bitcoin por grande margem, como destaca o site The Block. A relação BTC/ouro caiu cerca de 30% desde meados de agosto, de cerca de 37 para cerca de 25, marcando seu nível mais baixo desde o choque tarifário do “Dia da Libertação” do presidente Donald Trump em abril. Nesse período, o Bitcoin caiu cerca de 12%, enquanto o ouro subiu quase 30%, consolidando o metal como um dos ativos de investimento com melhor desempenho em 2025.

Leia também: Bitcoin pode estar perto de ponto de virada após sobrevenda recorde frente ao ouro

Na semana passada, o valor do Bitcoin em dólares, quando comparado ao preço do ouro por onça, atingiu recentemente seu nível mais sobrevendido, segundo o Índice de Força Relativa (RSI) de 14 dias — um dos indicadores técnicos mais utilizados no mercado financeiro.

Analistas atribuíram a alta do ouro a uma rotação de “aversão ao risco” ligada a atritos comerciais globais e a crença de que déficits fiscais persistentes, aumento da dívida e queda das taxas reais corroerão o valor fiduciário. Com a ampla expectativa de que o Federal Reserve corte as taxas novamente no final deste mês, o ouro atraiu uma demanda estrutural consistente de indivíduos, bancos centrais e fundos soberanos.

Mas hoje podemos estar vendo uma mudança de cenário. O Bitcoin voltou a subir e chegou a encostar na marca de US$ 114 mil, apesar de aliviar um pouco os ganhos e registar alta de 1,6% nesta tarde, a US$ 112.210. Entre as 10 maiores criptomoedas em valor de mercado, apenas uma, o BNB, não registra alta hoje.

Para o chefe de crescimento da Horizon, Joe Consorti, estes são os “estágios iniciais de uma negociação agressiva de recuperação”. Ele afirmou ao The Block que os gestores de fundos estão voltando a investir em risco até o final do ano, em meio a um Fed mais moderado e à redução das tensões geopolíticas.

Analistas da Bitwise têm uma avaliação parecida, argumentando que mesmo uma realocação modesta do mercado de ouro, de US$ 17 trilhões, poderia ter um impacto desproporcional no preço do Bitcoin. “Apenas uma rotação de 3% a 4% seria suficiente para dobrar o BTC”, afirmou a empresa em um relatório, acrescentando que uma mudança de apenas 2% poderia elevar o Bitcoin acima de US$ 161.000.

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