O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse que existe uma dívida sem garantia da Odebrecht com a instituição de cerca de R$ 4 bilhões, sendo que metade do valor já está provisionado. Caixa Econômica e BNDES também serão afetados. Novaes falou após uma reunião com Paulo Guedes, ministro da Economia, na quarta-feira (19).
“Estamos muito bem provisionados. Se somar tudo, estaríamos a descoberto com cerca de R$ 4 bilhões. Destes, R$ 2 bilhões estão sob provisões”, disse o presidente conforme reportagem da Reuters.
Na semana passada, a Odebrecht protocolou um pedido de recuperação judicial na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo. A Justiça aceitou e as empresas do grupo deverão apresentar um plano de recuperação em até 60 dias.
Com uma dívida de quase R$ 100 bilhões, o pedido de concordata da Odebrecht passa a ser uma dos maiores da história da América Latina. “R$ 50 bilhões em dívidas sujeitas a reestruturação”, disse a Reuters.
R$ 4 bi na Caixa Econômica
Desse montante, pelo menos R$ 18 bilhões são com bancos estatais brasileiros sem garantia real — R$ 7 bilhões com o BNDES, R$ 4,7 bilhões com o Banco do Brasil e R$ 4,1 bilhões com a Caixa Econômica Federal.
Segundo a reportagem, Novaes afirmou que o Banco do Brasil teria perdas com o conglomerado empresarial caso o desconto no valor da dívida no processo de recuperação da empresa, chamado de ‘haircut’, seja maior que 50%.
“Se o haircut for superior a 50%. A exigência de provisão neste caso é de 30% e nós temos 50% de provisão”, disse.
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