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Nigéria adia julgamento por evasão fiscal contra Binance para o fim de abril

Governo nigeriano busca US$ 81,5 bilhões da Binance, alegando que suas atividades prejudicaram a economia e desvalorizaram a moeda local

Imagem da matéria: Nigéria adia julgamento por evasão fiscal contra Binance para o fim de abril

Um tribunal em Abuja, capital da Nigéria, adiou para 30 de abril o processo em andamento por evasão fiscal movido pelo governo contra a Binance, de acordo com uma reportagem da Reuters.

O adiamento ocorre após desafios legais da Binance, que contesta uma decisão judicial de fevereiro permitindo que a Receita Federal da Nigéria (FIRS, na sigla em inglês) enviasse documentos legais por e-mail.

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A empresa, registrada nas Ilhas Cayman, argumenta que a FIRS não obteve autorização adequada para entregar documentos fora do país. A Binance não possui escritório físico na Nigéria.

O governo nigeriano exige US$ 2 bilhões em impostos atrasados e US$ 79,5 bilhões em indenizações, alegando que as atividades da Binance causaram danos econômicos significativos e contribuíram para a desvalorização do Naira.

As autoridades afirmam que a plataforma mantém uma “presença econômica significativa” na Nigéria e, por isso, deve ser tributada de acordo.

Oficiais acusam a Binance de facilitar a saída de capitais por meio de sua plataforma de negociação ponto a ponto (P2P), especialmente durante períodos de alta volatilidade cambial.

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O caso faz parte de uma repressão mais ampla à negociação de criptomoedas na Nigéria.

A disputa já havia levado à detenção de dois executivos da Binance no ano passado. Tigran Gambaryan, cidadão norte-americano, foi mantido preso na Nigéria entre fevereiro e outubro de 2024.

Ele foi libertado depois que a agência anticorrupção do país retirou as acusações, permitindo que buscasse tratamento médico no exterior para problemas nas costas, supostamente agravados pela detenção.

Gambaryan afirmou que sua prisão estava ligada à recusa da Binance em pagar um suborno de US$ 150 milhões a autoridades nigerianas. A Nigéria nega a versão apresentada pela empresa.

Nadeem Anjarwalla, cidadão britânico-queniano com dupla nacionalidade, foi preso junto com Gambaryan, mas escapou da custódia enquanto estava em prisão domiciliar e fugiu do país usando um segundo passaporte. Ele continua sendo procurado pelas autoridades locais.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.