Imagem da matéria: MP denuncia empresários por supostos investimentos fraudulentos via Amazon Bank e grupo Lotus
Foto: Shutterstock

O Ministério Público (MP) federal denunciou oito empresários por acusação de operarem uma rede de empresas financeiras que faziam assessoria de investimentos fraudulentos e de alto risco, segundo comunicado divulgado pela instituição na terça-feira (24).

As operações irregulares, sem autorização do Banco Central, envolveriam criptomoedas, forex, opções binárias (IQ Option) e trade de alta frequência (HFT). Além dos investimentos, os acusados ofereciam serviços como abertura de conta on-line, serviços de cartão de crédito e seguros.

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Segundo apuração do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o esquema girava em torno das empresas Amazon Bank, Group Lotus Corporate e Lotus Business Center. Os acusados teriam movimentado milhões de reais de vítimas captadas nos estados do Amazonas, Pará, Rio Grande do Norte e Roraima.

O MP afirma que o principal alvo do esquema eram servidores públicos. Eles seriam incentivados a obter empréstimos junto aos seus próprios bancos para investir os valores nessas empresas.

A divulgação dos serviços era feita pela Internet, com o uso de redes sociais para falar sobre os investimentos, fazer propagandas com “selo de aprovação” de celebridades e mostrar riquezas supostamente conquistadas por meio dos investimentos, além da divulgação de patrocínios e eventos.

Depois que as vítimas depositavam o dinheiro, parte era destinada para as contas pessoais dos oito empresários denunciados, via contas de empresas de fachada.

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Segundo o MP, “os integrantes do esquema gozavam de uma vida luxuosa, constantemente divulgada pela internet como forma de reforçar a imagem de sucesso profissional como donos de banco e investidores do mercado financeiro”.

Os demais valores eram usados para retroalimentar o esquema criminoso.

O MPF pede a condenação dos acusados pelos crimes de operação de instituição financeira sem autorização, oferecimento de valores mobiliários sem autorização da CVM, gestão fraudulenta de instituição financeira, ganhos ilícitos por meio de processos fraudulentos, exercício de assessoria de investimento não autorizada e organização criminosa.

O caso está agora sendo analisado pela Justiça, que vai decidir se os réus são ou não culpados. A ação tramita na 2ª Vara Federal no Amazonas, sob o nº 1031746-66.2021.4.01.3200.