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MetaMask anuncia nova stablecoin mUSD, com integração a cartão cripto

Stablecoin da MetaMask será emitida pela Bridge e será apoiada por ativos equivalentes ao dólar, em conformidade com o GENIUS Act

Mão segurando celular com o logo da carteira de criptomoedas MetaMask
(Foto: Shutterstock)

A MetaMask revelou oficialmente sua stablecoin nativa na quarta-feira (20), a primeira do tipo lançada por uma carteira autônoma. Desde semana passada cresciam os rumores de que a empresa lançaria o ativo.

O token, chamado mUSD, será totalmente integrado ao ecossistema DeFi da MetaMask e permitirá que os usuários da principal carteira Ethereum transfiram as criptomoedas autônomas para tokens vinculados ao dólar.

A stablecoin será emitida pela Bridge, uma empresa Stripe, e será apoiada um para um por ativos equivalentes ao dólar, em conformidade com o recente GENIUS Act, lei aprovada nos EUA para regular o mercado de stablecoins.

No lançamento, esperado para este ano, mUSD estará disponível na carteira tanto no Ethereum quanto no Linea, blockchain de segunda camada desenvolvida pela empresa controladora da MetaMask, ConsenSys.

Leia também: O passo a passo para criar e usar uma carteira Metamask

Até o final do ano, no entanto, a MetaMask planeja habilitar o mUSD como método de pagamento para o cartão de débito físico da MetaMask, que é operado pela Mastercard.

Concorrência no mercado de stablecoins

A jogada da stablecoin da MetaMask verá o desenvolvedor da carteira se juntar a uma multidão cada vez maior de concorrentes que procuram capitalizar o setor em crescimento, agora finalmente liberado pelo governo. Mas a liderança da empresa está confiante de que o mUSD terá vantagem sobre outros emissores de stablecoin, dada a audiência de milhões de negociantes de cripto ativos do MetaMask.

Ajay Mittal, VP de estratégia de produto da MetaMask, disse ao Decrypt que a integração do mUSD em todo o ecossistema da MetaMask oferecerá à stablecoin várias vantagens sobre as experiências do usuário mais “fragmentadas” dos concorrentes. Isso pode incluir custos potencialmente mais baixos, maior composabilidade e fluxos de transações mais suaves, disse ele.

Mittal acrescentou que, do ponto de vista da MetaMask, o objetivo é que o mUSD não se torne apenas a camada de liquidez conectada de dentro do ecossistema da carteira, mas também em todo o DeFi.

Como outras stablecoins criadas para empresas de pagamento, o mUSD não é emitido pela MetaMask em si, mas pela Stripe, terceira parte. O GENIUS Act, sancionado pelo presidente Donald Trump no último mês nos EUA, proíbe os emissores de stablecoin de permitir que os clientes gerem recompensas ou rendimentos em seus depósitos, mas não se posiciona contra outras empresas fazendo isso.

Essa distinção sutil na lei, que foi fortemente oposta pelo lobby bancário, permitiu que empresas como PayPal e Coinbase oferecessem retornos lucrativos aos clientes em stablecoins – mesmo aquelas nomeadas ou anteriormente emitidas pelas empresas. Tais empresas mantiveram que oferecer aos clientes retornos anuais consideráveis em depósitos de stablecoin, geralmente entre 3% e 5%, é fundamental para a popularidade dos produtos.

Quando perguntado se a empresa planeja oferecer recompensas em depósitos mUSD para os clientes, Mittal respondeu: “Atualmente, mUSD não oferecerá rendimento diretamente aos usuários. No entanto, mUSD poderia desempenhar um papel nos futuros programas de incentivo dentro da MetaMask”.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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