Apenas um dos carros de luxos apreendidos na Operação Egypto foi vendido no leilão realizado na quarta feira (01) no auditório da Justiça Federal, em Praia de Belas, Porto Alegre. Agora os 33 carros remanescentes dos acusados de pirâmide financeira na Indeal voltarão à oferta no dia 13 de abril.
De acordo com Gaúcha ZH, o único veículo arrematado por um morador de um Blumenau, Santa Catarina, foi um Mercedes-Benz GLC 250, modelo 2019.
Segundo o jornal, ele pagou R$ 224.050,00, R$ 4 mil a mais que o preço estipulado inicialmente, valor que irá para a conta judicial relacionada ao processo até o trânsito em julgado dos réus. Em sites de vendas de carros, o mesmo modelo custa pelo menos R$ 280 mil.
Se condenados os acusados, o dinheiro será usado para ressarcir vítimas e, em caso de absolvição, a Justiça lhes devolverá os fundos.
Os demais carros, agora 33, podem ser arrematados no próximo dia 13 com de 20% no lance mínimo. Os veículos apreendidos foram avaliados em R$ 6.188.000,00. Vale lembrar que em julho do ano passado, a Receita Federal estimou que a Indeal devia mais R$ 1,1 bilhão a cerca de 23 mil clientes.
Carros de luxo na Indeal
Conforme mostra o página do leilão — pelo site www.leiloesjudiciaisrs.com.br — o veículo mais caro é uma Ferrari California 2009 que está avaliada em R$ 670 mil.
O leilão oferece também uma BMW X6 2017 na versão esportiva. O veículo está avaliado em R$ 420 mil.
Um Mustang GT blindado, fabricado em 2019, chama a atenção pelo estado quase zero — ele tem apenas 413 quilômetros rodados. Dentre os veículos também está um Nissan 370Z Nismo, 2012, avaliado em R$ 150 mil e um Porsche Cayenne que será oferecido por R$ 145 mil.
Em resumo, Entre outros veículos que serão ofertados, estão: Dodge Challenger SXT, Porsche Cayenne, Jaguar Espace e Land Rover Evoque.
Segundo o leiloeiro, os veículos estão em bom estado de conservação e poderão ser observados pessoalmente nos dias 8, 9 e 10 de abril. Para isso, é necessário que o interessado faça um agendamento.
Caso Indeal
A Indeal atuou de forma ilícita se aproveitando de investidores que apostaram em rendimentos com criptomoedas.
Acreditando em promessas de rendimentos fora da realidade no Brasil, muitos investiram tudo o que tinham com o sonho de ficarem ricos.
A Indeal assumia o compromisso de retorno de 15%, ao menos, no primeiro mês de aplicação. Conforme a Polícia Federal, ela conseguiu ocultar R$ 600 milhões antes que os sócios fossem presos.
O fim da pirâmide veio com a intervenção da Polícia Federal. Em maio do ano passado, agentes da Operação Egypto prenderam vários suspeitos. No momento, todos respondem em liberdade.
De acordo com a investigação promovida pela Receita Federal e pela Polícia Federal do Rio Grande do Sul, a Indeal chegou a captar R$ 850 milhões no período de um ano, mas deixou um rombo de R$ 300 milhões. Mais de 55 mil pessoas foram prejudicadas.
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