Após começar a semana abaixo do nível de US$ 60 mil, o Bitcoin (BTC) recupera a importante marca nesta terça-feira (25), diminuindo as perdas nas últimas 24 horas para 0,3%. O BTC é negociado agora por volta de US$ 61.251, enquanto enfrenta uma desvalorização de 6,4% na semana, segundo dados do CoinGecko.
Em reais, o BTC cai 2% para R$ 332.046, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
O que parece assustar parte dos investidores é a confirmação de que os credores da exchange Mt.Gox serão ressarcidos a partir de julho. A expectativa é que os investidores recebam aproximadamente US$ 9 bilhões em Bitcoin a partir da próxima semana, o que pode gerar uma onda de liquidação caso eles resolvam vender suas participações na criptomoeda.
Uma das consequências da atual queda do Bitcoin é a fuga dos investidores para outras criptomoedas, o que faz sua dominância de mercado enfrentar a maior queda em cinco meses. O domínio do BTC caiu 1,8%, para 54,34% — o maior declínio percentual em um único dia desde 12 de janeiro, de acordo com dados do TradingView compartilhados pelo CoinDesk.
É possível visualizar esse movimento nos gráficos das principais altcoins do mercado. Solana (SOL), por exemplo, sobe 8% nas últimas 24 horas, cotada a US$ 137. O Ethereum também valoriza 2% no dia, enquanto os ganhos do Toncoin, Dogecoin e Cardano ficam entre 4% e 5%.
ETFs de Bitcoin seguem com saídas líquidas
Enquanto o Bitcoin enfrenta dificuldades em engatar uma valorização mais sólida, os investidores continuam a retirar capital dos principais ETFs da criptomoeda negociados nos Estados Unidos.
As saídas líquidas totalizaram US$ 174 milhões na segunda-feira (24). No entanto, ao longo das últimas cinco sessões, os ETFs de Bitcoin registraram perdas acumuladas de US$ 714 milhões, de acordo com a plataforma de análise de dados SoSovalue.
O fundo GBTC da Grayscale enfrentou a maior saída ontem (US$ 90 milhões), enquanto o fundo FBTC da Fidelity diminuiu em US$ 35 milhões.
O que não ajuda a segurar o preço do Bitcoin é a venda da criptomoeda pelos minedores da rede, que precisam de fundos para financiar suas operações e atualizar seus hardwares de mineração.
“Os mineradores de Bitcoin continuam extremamente mal pagos, pois os preços caíram e as taxas despencaram”, disse Julio Moreno, chefe de Pesquisa da CryptoQuant, no X.
O analista aponta que o suporte de preço para o Bitcoin atualmente está em US$ 56.000, sendo que uma queda abaixo desse nível poderia causar uma “correção significativa”.
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