O Bitcoin inicia a nova semana registrando uma leve alta de 0,6% nas últimas 24 horas, que eleva sua cotação para os atuais US$ 114.401. Em reais, o BTC é negociado a R$ 635.848, segundo dados do Portal do Bitcoin.
Embora o Bitcoin esteja abaixo do patamar de US$ 118 mil, onde se consolidou durante a maior parte da última semana, a cotação atual representa uma recuperação em relação aos níveis mais baixos registrados no sábado, quando o ativo atingiu um fundo de US$ 112,2 mil. Por conta disso, a criptomoeda ainda acumula perdas de 3,7% na semana.
A queda dos preços veio após uma sexta-feira difícil para o Bitcoin, com mais de US$ 1 bilhão em posições alavancadas liquidadas no mercado cripto.
O contexto era de aversão ao risco nos mercados tradicionais, impulsionada por um relatório de empregos nos EUA abaixo do esperado e uma nova rodada de tarifas de Donald Trump.
“O resultado foi uma liquidação generalizada tanto em ações quanto em cripto, à medida que os investidores recalibraram suas expectativas sobre crescimento global e liquidez”, escreveram os analistas da QCP Capital nesta manhã.
Segundo eles, quem esperava que a temporada das altcoins, a “altseason”, estivesse próxima, o movimento de sexta-feira foi um choque de realidade.
“SOL caiu cerca de 20% na semana, enquanto ETH recuou quase 10%. Nem mesmo os fluxos dos ETFs conseguiram oferecer um piso. Sexta-feira registrou a segunda maior saída líquida dos ETFs de BTC, e a quarta maior dos de ETH, enfraquecendo as esperanças de que os fluxos institucionais oferecessem suporte no curto prazo.”
Praticamente todas as criptomoedas registram perdas no acumulado da semana, porém o dia está sendo de recuperação para a maioria delas. XRP se destaca com o maior ganho desta segunda-feira (4) entre as 10 maiores moedas do mercado, subindo 4,4%, para US$ 2,99. Na sequência aparece o Ethereum, com alta de 2,6%, seguido por Dogecoin (+2,4%) e Cardano (+1,9%).
Novo ciclo de alta chegando?
Apesar da correção, a estrutura de longo prazo segue intacta, na visão dos analistas da QCP Capital.
“O fechamento mensal de julho do BTC foi o mais alto da história, e o recuo recente parece mais uma correção técnica do que um movimento de capitulação. Historicamente, esses ‘descarregos’ pós-rali — especialmente os que eliminam o excesso de alavancagem — costumam preparar o terreno para uma nova fase de acumulação”, apontaram.
Os ventos macro e estruturais continuam favoráveis, o que pode ajudar o novo ciclo de alta. Entre esses fatores está maior clareza regulatória, aceleração na integração de stablecoins e iniciativas institucionais de tokenização, que continuam reforçando a tese de longo prazo para cripto.
“Mantemos um otimismo cauteloso”, conclui a QCP Capital. “Níveis próximos a US$ 112 mil exigem atenção, especialmente diante da persistente incerteza macroeconômica. No entanto, sinais de estabilização — como novos aportes em ETFs spot, queda na volatilidade implícita e redução na inclinação das opções — seriam indicativos positivos de que o sentimento institucional pode estar se recuperando.”
- No MB, a sua indicação vale Bitcoin para você e seus amigos. Para cada amigo que abrir uma conta e investir, vocês ganham recompensas exclusivas. Saiba mais!











