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Manhã Cripto: Bitcoin cai 6,5% em agosto e fica abaixo de US$ 110 mil — o que ficar de olho esta semana

A perspectiva do Bitcoin segue incerta em setembro, com pontos de dados macroeconômicos importantes que podem moldar a política do Fed

moeda de bitcoin com investidores ao fundo
Imagem criada por Decrypt com uso de IA

O Bitcoin estendeu a correção da semana passada, fechando agosto em tom negativo, com especialistas aguardando dados macroeconômicos importantes que podem moldar a próxima decisão do Federal Reserve dos Estados Unidos sobre o corte de juros. O Bitcoin sobe 0,6% na manhã desta segunda-feira (1) para US$ 109.018. Em reais, o BTC é negociado a R$ 593.935, segundo dados do Portal do Bitcoin.

Outras criptomoedas do top 10 registram queda, caso do Ethereum, que recua 0,5%, e fica em US$ 4.434. Equanto isso, XRP cai 0,7% e a Solana perde 1,4%. O token Cronos (CRO) é um dos que mais cai no dia (-4,8%).

Os holofotes da semana estão voltados para a tríade de pedidos de auxílio-desemprego, produtividade nos EUA e o relatório de empregos de agosto, enquanto o Fed enfrenta dados conflitantes com a inflação em alta e o enfraquecimento do mercado de trabalho.

“O Fed está andando na corda bamba”, disse Kurt S. Altrichter, fundador da Ivory Hill Wealth Advisory, em uma publicação no X no domingo. Cortar as taxas “cedo demais corre o risco de reacender a inflação ao estilo dos anos 1970”, enquanto mantê-las estáveis ​​pode “desencadear uma recessão” ao quebrar o mercado de trabalho, acrescentou Altrichter.

A pressão sobre o presidente Jerome Powell, como resultado, é imensa, tornando a divulgação dos dados desta semana mais crítica do que o normal.

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Todos os olhares estão agora voltados para os pedidos iniciais de auxílio-desemprego de quinta-feira, que acompanham os novos pedidos de seguro-desemprego.

Embora a previsão consensual de 230.000 pedidos esteja alinhada com os 229.000 da semana anterior, uma leitura acima desse limite sinalizaria um enfraquecimento adicional do mercado de trabalho e aumentaria a pressão sobre o Fed para considerar cortes nas taxas de juros.

Logo em seguida, no mesmo dia, será divulgada a revisão final da Produtividade e dos Custos Unitários da Mão de Obra dos EUA.

O crescimento preliminar da produtividade do segundo trimestre de 2025 está definido em +2,4%, anualizado em relação ao trimestre anterior, com os custos unitários da mão de obra em +1,6%, abaixo dos 6,9% do primeiro trimestre, de acordo com o relatório de agosto.

Uma revisão para baixo na produtividade ou para cima nos custos unitários da mão de obra levantaria preocupações sobre pressões inflacionárias persistentes, já que custos trabalhistas mais altos por unidade de produção poderiam sinalizar aumentos de preços impulsionados pelos salários.

As previsões os dados de sexta-feira da taxa de desemprego e a folha de pagamento não agrícola apontam para uma taxa de desemprego de 4,3%, acima dos 4,2% de julho, com a criação de 75.000 vagas, um ligeiro aumento em relação aos 73.000 de julho, e os salários subindo 0,3% na comparação mensal.

“Esperamos que a folha de pagamento fique abaixo do consenso, em torno de 40.000 a 60.000, contra 75.000 esperados, com o desemprego provavelmente subindo para 4,3%”, disse Xu Han, diretor do Liquid Fund da HashKey Capital, ao Decrypt.

Ele alertou que as contratações estão diminuindo gradualmente, mas os mercados podem estar “subestimando o risco de demissões maiores no futuro”, um cenário que poderia levar o Fed não apenas a um único corte de 25 pontos-base em setembro, mas a “uma série de cortes posteriores” até o final de 2025.

Essa perspectiva é contraintuitiva, pois sugere que um relatório de crescimento e emprego mais fraco pode não ser negativo para o Bitcoin.

Em vez disso, poderia fornecer a clareza que os investidores precisam sobre a trajetória da taxa de juros do Fed, atuando como um sinal verde para ativos de risco como o Bitcoin, aumentando as expectativas de uma política monetária mais flexível e maior liquidez.

Independentemente disso, os especialistas permanecem cautelosos com o Bitcoin devido à sazonalidade de baixa de setembro.

“À medida que entramos em um setembro mais volátil — normalmente o mês sazonal mais fraco — com o Bitcoin sendo negociado perto de um equilíbrio frágil, recomendamos focar na base de custo do detentor a médio e curto prazo”, disse Han.

O Bitcoin encerrou agosto com uma queda acumulada de 6,47%, de acordo com dados do CoinGecko.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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