Moedas de bitcoin e ethereum entre dedos à frente de um gŕafico indicando alta
Foto: Shutterstock

Investidores globais vão às compras nesta segunda-feira (29), o que se reflete em ganhos nos preços de criptomoedas e ações, apesar do baixo volume nos mercados devido ao feriado nos EUA e no Reino Unido. 

O Bitcoin (BTC) avança 2,8% nas últimas 24 horas, para US$ 27.950, segundo dados do Coingecko.  

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Em reais, o BTC ganha 2,4%, cotado a R$ 139.955, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

O Ethereum (ETH) opera em alta de 3,2%, negociado a US$ 1.904.  

Cardano sobe 1,8% nas últimas 24 horas. A blockchain atingiu novo recorde na semana passada, com o maior valor total bloqueado desde seu lançamento, equivalente a 446 milhões de tokens ADA, sua criptomoeda nativa, segundo dados da DeFiLlama publicados pela Exame. Em sete dias, o token mostra valorização de 2,6%. 

Avalanche (AVAX) opera com ganho de 1% apesar de a rede ter destravado 9,3 milhões de tokens no domingo (28) para serem distribuídos a jogadores do ecossistema, de acordo com o CoinDesk.  

Outras altcoins são negociadas no azul ou com pouca variação, entre elas BNB (+2,2%), XRP (+1,5%), Dogecoin (+1,1%), Polygon (+0,4%), Solana (+1,4%), Polkadot (+1,9%) e Shiba Inu (+0,2%). 

Bitcoin hoje 

O Bitcoin chegou a subir 5% durante a madrugada e ultrapassar US$ 28 mil, embalado pelo acordo preliminar para elevar o teto da dívida dos EUA, impasse que vinha causando tensão nos mercados nas últimas semanas. 

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Apesar do alívio, o acordo ainda precisa ser aprovado pelo Congresso americano e objeções tanto de democratas quanto de republicanos ainda podem trazer cautela às negociações.  

Ainda assim, a expectativa é de que traders voltem a apostar com força em ativos vistos como mais arriscados, como criptomoedas e ações. 

“Os mercados devem respirar aliviados”, disse à Bloomberg Chang Wei Liang, estrategista do DBS Group, em Singapura. “O acordo parece bem equilibrado entre reduzir gastos sem comprometer o crescimento” e deve dar leve impulso aos títulos do Tesouro dos EUA, comentou. 

Resta saber se o Bitcoin vai reagir a um provável rali no mercado acionário. A maior criptomoeda ainda acumula baixa de quase 3% nos últimos 30 dias, aponta o CoinDesk. 

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“O Bitcoin encontrou suporte em torno dos US$ 25 mil e se consolidou por cerca de duas semanas antes do rali de hoje”, escreveu Joe DiPasquale, CEO da BitBull Capital, gestora de fundos cripto, em e-mail ao CoinDesk. “Se esse movimento continua até US$ 30 mil, ainda não se sabe, mas esperamos que o líder de mercado teste essa resistência-chave mais uma vez no curto prazo.” 

Blockchain para tokenização 

Segundo reportagem do Valor Econômico, empresas de criptoativos e tokenizadoras conversam com a CVM sobre a criação de uma blockchain padrão para a tokenização de ativos no Brasil. 

No entanto, ainda não foi definido qual seria o caminho ideal para criar essa rede, que poderia ser monitorada pela agência e permitiria maior segurança, facilitando a regulação, de acordo com o artigo. 

Ao Valor, Reinaldo Rabelo, CEO do MB, disse que não vê vantagens em criar uma blockchain separada, à parte da rede em desenvolvimento pelo Banco Central para o real digital. 

“A CVM está muito mais preocupada em regras prudenciais e de segurança. Se ela estabelece uma regra, os bancos e corretoras precisam correr atrás para resolver e responder se e como vão cumprir com esses requisitos. Nunca foi do perfil da CVM construir sistemas, algo que sempre ficou a cargo do Banco Central”, afirmou Rabelo. 

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E por falar em real digital, estudo da startup Cryptum publicado pelo Valor revela que o real digital é visto como positivo por 80% dos entrevistados, apesar do desconhecimento sobre a utilidade da tecnologia. 

Cassinos online 

Enquanto isso, cassinos online continuam proliferando no mercado brasileiro. 

Léo Faria influenciou mais de mil seguidores a investir na Goeth, esquema que prometia multiplicar criptomoedas dos investidores, mas que sumiu do mapa em 2021. 

Agora, ele promete dinheiro fácil através da Gluck.Bet, um cassino online que, segundo sua biografia na rede social, lhe permite embolsar mais de R$ 100 mil por mês, mostra reportagem do Portal do Bitcoin. 

Em meio à febre das casas de apostas, vários canais no YouTube que produzem conteúdos sobre MMA foram derrubados pela empresa por promoverem a Stake.com, cujo garoto-propaganda é o famoso rapper canadense Drake, que eventualmente aposta milhões de dólares em Bitcoin na plataforma. 

Outros destaques das criptomoedas  

A Binance vai lançar uma plataforma para residentes no Japão, a fim de cumprir com os regulamentos locais, disse a maior exchange cripto do mundo em seu blog. A nova plataforma vai estar disponível em meados do ano, enquanto a data de lançamento e os detalhes serão divulgados nos próximos meses. 

Os serviços na plataforma global existente serão descontinuados para residentes no Japão em 30 de novembro, e os usuários atuais poderão migrar para a nova plataforma local por meio de um novo processo de verificação de identidade que será liberado após 1º de agosto. Em outro comunicado, a Binance informou que obteve licença para operar na Tailândia por meio de uma joint venture com a Gulf Innova. 

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Depois de escolher a Irlanda para sua nova sede, a Gemini, corretora cripto fundada pelos pelos gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, pediu na sexta-feira (26) a um juiz em Manhattan que rejeite um processo da SEC, a CVM dos EUA, que acusa a exchange de vender ilegalmente valores mobiliários não registrados sob o programa Earn, um serviço de renda passiva com criptoativos. 

O processo também envolve a Genesis Global, controlada pelo Digital Currency Group (DCG), que era parceira da Gemini no programa. A SEC disse que a Genesis detinha US$ 900 milhões em ativos de cerca de 340 mil clientes sob o Gemini Earn. No documento questionando o processo, a Gemini disse que os contratos de empréstimo entre si, a Genesis e os clientes não foram vendidos nem negociados em mercados secundários e não se qualificavam como valores mobiliários.