O mercado cripto vive um grande momento enquanto o “Uptober” cumpre sua fama histórica. O Bitcoin paira próximo de uma nova máxima recorde, o Ethereum bate US$ 4.500, e as altcoins estão pegando fogo. Enquanto isso, uma criptomoeda do top 5 se destaca.
A BNB, que subiu 38% nos últimos 30 dias e apresenta sinais técnicos que apontam para dois caminhos opostos — uma disparada até US$ 2 mil ou uma correção intensa a qualquer momento.
A BNB abriu o dia em US$ 1.175, com um ganho diário de 7% e um novo recorde histórico, mostrando que os touros estão no controle total, rompendo resistências como se fossem papel.
Adicionando combustível à alta, o novo fundo estatal do Cazaquistão, o Alem Crypto Fund, escolheu o BNB como seu primeiro ativo de reserva nacional, dando legitimidade institucional em nível de nação.
Enquanto isso, a exchange descentralizada (DEX) BNB Chain registrou um crescimento recorde no 3º trimestre, com o volume subindo 185% para US$ 37,1 bilhões, impulsionado pela também DEX Aster, que gera mais de US$ 29 milhões em taxas diárias.
Mas aqui está o ponto interessante: a BNB vem seguindo uma linha de suporte parabólica desde meados do ano. O gráfico mostra um avanço claro — o tipo que pode render ganhos explosivos, mas que também costuma terminar com correções igualmente violentas.
Se esse ritmo continuar sem interrupções, a BNB pode chegar perto de US$ 2.000 até 31 de dezembro, o que representaria um ganho adicional de 67% em 89 dias.

Claro, isso depende de “os planetas se alinharem” e a tendência permanecer válida até o réveillon.
O Índice Direcional Médio (ADX) está em 33, bem acima do limite de 25 que indica um mercado fortemente tendencial. O ADX funciona como um medidor de força — não indica direção, apenas se há tendência real. Abaixo de 20, o mercado é volátil; acima de 25, há impulso. Em 33, a BNB está firmemente em território de tendência, com pressão compradora sustentada por investidores institucionais e de varejo.
No entanto, o ADX mede força, não sustentabilidade. Um valor alto pode durar até o momento em que o movimento se esgota — ou quando uma grande baleia despeja moedas e causa um “flash crash”.
As médias móveis exponenciais (EMAs) reforçam o cenário otimista: a EMA de 50 dias está entre US$ 1.050 e US$ 1.070, servindo de suporte, enquanto a EMA de 200 dias confirma a tendência de alta de longo prazo. Quando as médias de curto prazo ficam acima das de longo prazo, o mercado entende como um sinal altista — e esse é exatamente o caso da BNB.

O Índice de Força Relativa (RSI), que mede o momentum, está em 76, beirando a zona de sobrecompra (acima de 70). Se ultrapassar 80, é comum que sistemas automatizados comecem a realizar lucros, acelerando correções.
Isso importa porque mercados não sobem em linha reta. O rali de 6% em um dia e 21% em uma semana atrai traders de curto prazo. Quando o impulso enfraquece — e ele sempre enfraquece —, todos correm para vender ao mesmo tempo, gerando correções violentas que liquidam posições alavancadas em minutos.
Os candlesticks também começam a mostrar sinais de FOMO extremo: em um gráfico parabólico, quando os corpos das velas sobem mais rápido do que a linha de suporte, é um sinal de que o movimento pode estar prestes a estourar.

BNB: Lua ou ruína
Cenário otimista
Se a BNB mantiver sua linha de suporte parabólica até o fim do ano, o gráfico projeta um caminho até US$ 2.000, um ganho de 67%.
Para isso, é preciso:
- Continuidade do crescimento da BNB Chain e aumento das aplicações reais do token;
- Maior adoção institucional (como o caso do Cazaquistão);
- Bitcoin se mantendo acima de US$ 115 mil, idealmente com nova máxima;
- Ausência de choques regulatórios envolvendo a Binance, emissora da BNB.
A trajetória positiva passaria por rompimentos em US$ 1.168, consolidação em US$ 1.200 e avanço até US$ 1.250–1.300, com volume confirmando cada etapa.
Cenário de correção
Avanços parabólicos são belos — até não serem mais. Eles dependem de pressão compradora crescente, e quando isso falha, a queda é rápida.
Com RSI em 77, a BNB está a uma semana de entrar na zona de correção típica. Se romper a linha de suporte, pode haver uma queda de 20% a 30%, ainda sem invalidar a tendência de longo prazo.
Nesse caso, a correção seria vista como saudável, permitindo consolidação e retorno do RSI à faixa de 50–60. Se US$ 1.050 segurar, os touros mantêm o controle. A BNB poderia então ficar lateralizada por semanas antes de tentar nova alta, com alvo mais conservador entre US$ 900 e US$ 1.000 no fim do ano — ainda um retorno anual de cerca de 200%.
Conclusão
Para os otimistas, o caminho até US$ 2 mil é plausível: uso recorde da BNB Chain, apoio político, impulso técnico e condições macroeconômicas favoráveis (como a expectativa de cortes de juros nos EUA) criam um cenário de alta.
Para os céticos, há sinais de exaustão: estrutura parabólica frágil, RSI elevado e risco de reversões rápidas.
* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.
No MB, a sua indicação vale Bitcoin para você e seus amigos. Para cada amigo que abrir uma conta e investir, vocês ganham recompensas exclusivas. Saiba mais!