Imagem por detrás de uma pessoa algemada
Shutterstock

A Interpol prendeu na quarta-feira (8) o líder de um grupo de hackers que roubou cerca de R$ 8 milhões de entidades argentinas, incluindo a associação da Polícia de Buenos Aires, através de um malware de origem brasileira. Os fundos roubados foram posteriormente trocados por Tether (USDT) através das corretoras Binance e Lemon, que contribuíram com as investigações.

Apontado como o líder da quadrilha, o venezuelano Francisco Javier Uribe Urdaneta foi preso nos EUA, enquanto dez foram pegos no exterior e 20 detidos na própria Argentina — no total, foram 64 operações em todo o país, segundo o La Nación, que divulgou apenas o nome de Francisco. De acordo com a publicação, a Justiça argentina solicitará sua extradição.

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Segundo fontes do Ministério de Segurança Nacional e da Procuradoria Geral de Buenos Aires, a organização criminosa escolheu como alvos, aleḿ da polícia, o Laboratório Farmase o Colégio Saint George, que tiveram seus sistemas explorados até os cibercriminosos conseguirem acesso a contas bancárias; da polícia, foram extraídos cerca de R$ 260 mil (45 milhões de pesos).

Até agora, diz o site, cerca de R$ 900 mil em USDT foram recuperados. Além disso, foram apreendidos um milhão de pesos, US$ 300, 30 computadores, 100 celulares, cartões de crédito, dentre outros itens, como armas de fogo e drogas.

Segundo o La Nación, os golpistas, que operavam a partir de IPs localizados na Venezuela, Equador, Colômbia e Estados Unidos, usaram um “Trojan” de origem brasileira.

“Foram identificadas 70 pessoas, das quais 20 foram detidas em território argentino, e foram emitidas 9 prisões internacionais com Alerta Vermelho da Interpol para cidadãos residentes no Brasil, Venezuela, Equador, México, Colômbia e Estados Unidos”, informou em comunicado a Procuradoria-Geral da província de Buenos Aires.