A Alfândega de Hong Kong apreendeu na semana passada 300 placas de vídeo (GPU) para minerar criptomoedas, segundo matéria publicada pelo site The Block nesta segunda-feira (5).
De acordo com a reportagem, os equipamentos foram descobertos em um navio de pesca durante uma operação contra o contrabando realizada nas águas do Aeroporto internacional de Hong Kong.
Além dos equipamentos também foram apreendidos cosméticos e alimentos de alto valor, como pepinos do mar secos, mandíbulas de peixe, barbatanas de tubarão e ninhos de pássaros.
Segundo release divulgado pelo governo, valor total dos itens chegou a US$ 3,8 milhões.
No sábado (3), ainda conforme a nota, a Alfândega prendeu o proprietário do navio pesqueiro, um homem de 43 anos. Uma investigação foi aberta para apurar o caso.
De acordo com a lei de Hong Kong, qualquer pessoa considerada culpada de importar ou exportar carga não declarada está sujeita a multa e pena de prisão de sete anos.
Mineração e governos
A China, suas regiões administravas especiais – como Hong Kong – e países asiásitcos costumam atriar mineradores por causa do preço da energia na região, barata quando comparada a outros locais do mundo, como o Brasil.
Alguns governos, no entanto, não estão muito contentes com a atividade. A Mongólia Interior, região autônoma que faz fronteira com a China e a Rússia, proibiu a mineração de bitcoin e afirmou que vai mandar fechar todas empresas do setor até abril.
Países de outros continentes também declararam “guerra” contra a atividade por causa do alto consumo de energia. A Abecásia, uma república autônoma na região do Mar Negro que já fez parte da União Soviética, está na cola de mineradores de criptomoedas.