Imagem da matéria: Governo do Canadá caça bitcoins doados a protesto dos caminhoneiros
(Foto: Shutterstock)

Apesar de o governo do Canadá ter posto um fim a protestos contra a obrigatoriedade de vacina para a covid-19 em Ottawa, a busca das autoridades por bitcoins (BTC) destinados ao financiamento do movimento dos caminhoneiros continua.

Em fevereiro, o primeiro-ministro Justin Trudeau recorreu à Lei Emergencial de 1988 do Canadá, concedendo poder ao governo para congelar contas bancárias envolvidas com doações ao protesto. Isso aconteceu logo após a plataforma de financiamento coletivo GoFundMe ter sido pressionada a devolver US$ 10 milhões aos doadores.

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No entanto, uma plataforma nativa chamada “Bitcoin for Truckers” tem se mostrado bem mais difícil de deter.

O Supremo Tribunal de Ontário ordenou que donos de uma carteira multiassinaturas, que controla os bitcoins doados, congelassem os ativos, além de outros 122 diferentes endereços cripto. Uma carteira multiassinaturas exige a  autorização de diversas pessoas para dar continuação a uma transação.

Um membro dessa carteira multiassinaturas foi o “líder da equipe Bitcoin” Nicholas St. Louis, também conhecido como “Nobody Caribou” no Twitter.

Antes da ordem entrar em vigor, a CBC noticiou que 14,6 BTCs do total de 20,7 BTCs já tinham sido distribuídos a 101 carteiras distintas e não identificadas até aquele momento.

Supostamente, essas eram as carteiras que St. Louis foi filmado entregando a caminhoneiros em lotes de 0,144 BTC cada (equivalentes a US$ 6,4 mil).

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A CBC noticiou que St. Louis havia dito, durante um depoimento em 28 de fevereiro, que quase 5,9 dos bitcoins restantes foram confiscados pelas autoridades.

Autoridades canadenses buscam bitcoins

A Polícia Real do Canadá (RCMP) ainda afirma que pode confiscar e rastrear os bitcoins.

“Como parte de suas capacidades e seus planos em reprimir crimes cripto e rastrear transações, a RCMP geralmente usa uma variedade de procedimentos policiais, bem como a colaboração com diversas autoridades jurídicas parceiras”, disse a entidade ao jornal.

No entanto, conforme explicado pelo advogado canadense de moedas digitais Matthew Burgoyne, a tentativa de congelar bitcoins pertencentes a holders desconhecidos pode ser bem mais complicada do que no caso com St. Louis.

“A limitação é que as criptomoedas podem ser simplesmente transferidas para outro endereço de carteira que não está congelado”, disse ele, acrescentando: “E podem continuar sendo transferidas em uma tentativa de ofuscar a fonte original ou de remover a maior quantia de fundos possível da carteira congelada”.

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*Traduzido por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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