A Union Investment, gestora alemã com sede em Frankfurt que administra cerca de US$ 500 bilhões, está trabalhando para incluir o Bitcoin em alguns de seus fundos e oferecer a seus clientes privados. De acordo com o gerente de portfólio da instituição, Daniel Bathe, estima-se que a exposição ao bitcoin será entre 1% e 2%.
Ao Bloomberg, Bathe não revelou quando a estratégia vai entrar em funcionamento. No entanto, ele disse que ela poderá ser implantada a partir do quarto trimestre, mas que ainda não há uma data fixada. Segundo o site, no início deste ano, a Union Investment incluiu criptoativos em um fundo misto pela primeira vez.
O anúncio da Union Investment é o exemplo mais recente de como o investimento em criptomoedas se tornou mais fácil na Alemanha, comentou o Coindesk. Esse tipo de oferta só é possível porque o país deu recentemente um grande impulso ao mercado de criptomoedas.
Em julho, entrou em vigor a Lei ‘Spezialfonds’, que permite a fundos especiais alocar até 20% de seu capital em criptoativos. A lei foi aprovada em abril pelo parlamento da Alemanha, Bundestag. Na época, a expectativa era de entrada de bilhões de dólares no mercado de criptoativos.
Alemanha e Bitcoin
A Alemanha tem uma relação amigável com o bitcoin e as altcoins. Desde 2018, o governo do país considera o BTC como meio de pagamento legal.
Em novembro de 2019, o Bundestag aprovou uma lei que permite aos bancos do país vender e custodiar criptomoedas. Já em março de 2020, a Comissão de Valores Mobiliários da Alemanha (BaFin) reconheceu as criptomoedas como instrumentos financeiros.
Em junho deste ano, o regulador liberou a primeira licença de custódia de criptomoedas à Coinbase. A licença também se tornou obrigatória para as empresas que custodiam ativos dos cidadãos alemães. As normas foram criadas para que o país se alinhasse às orientações de combate à lavagem de dinheiro em vigor na União Europeia.