Imagem da matéria: Funcionário público de Marília minerava criptomoedas com energia elétrica do trabalho
Imagem ilustrativa (Foto: Shutterstock)

Um funcionário público da prefeitura de Marília, interior de São Paulo, foi pego minerando criptomoedas no ambiente de trabalho e agora enfrenta um processo administrativo que pode levar a sua demissão.

O Portal do Bitcoin confirmou que o servidor continua trabalhando normalmente em uma das sedes do Departamento de Água e Esgoto de Marília (DAEM), órgão no qual atua como programador há mais de 30 anos.

Publicidade

Conforme descrito em diário oficial publicado na sexta-feira (14), homem de 58 anos de idade — identificado pelas iniciais LMG — teria instalado no local o seu próprio computador, munido com uma placa de vídeo, para minerar criptomoedas às custas da energia elétrica do órgão público. 

O setor de recursos humanos do município recebeu uma denúncia no dia 19 de abril de que o servidor minerava criptomoedas “de forma ininterrupta” no ambiente de trabalho.

A administração pediu então que outro servidor de T.I. fosse até a sala onde o homem trabalhava para checar se a denúncia tinha fundamento:

“O funcionário informou que, ao adentrar na sala, o servidor se mostrou assustado e passou a fechar alguns programas, mas que foi possível averiguar a existência dos equipamentos, com fortes indícios da veracidade da denúncia recebida”, diz o processo. 

Publicidade

Em uma segunda investigação, técnicos da prefeitura entraram na sala do servidor e encontraram os equipamentos ligados após o horário do expediente, rodando programas de mineração.  

Ao checar o histórico do navegador, eles confirmaram que o funcionário baixou os programas na máquina no dia 12 de março, além de ter feito diversas pesquisas no Google e YouTube sobre a atividade. 

Conforme a acusação, ele chegou a fazer um buraco na parede da sala onde trabalhava sozinho para instalar um ar-condicionado portátil, usado para resfriar o computador durante a mineração.

Servidor vai enfrentar um processo administrativo

Tudo foi fotografado e documentado pela Corregedoria Geral do Município e agora o servidor vai enfrentar um processo administrativo disciplinar por “utilizar a energia da autarquia para se enriquecer ilicitamente”. 

Publicidade

A reportagem entrou em contato com a administração da prefeitura de Marília, que optou por não dar detalhes sobre o caso que ainda está em fase de investigação.

Caso seja considerado culpado, o funcionário pode ser desligado do cargo público. Além disso, ele também pode ser punido em outras instâncias já que o caso foi encaminhado ao Ministério Público por se tratar de furto de energia elétrica.

Minerar bitcoin é considerado pouco eficiente no Brasil para um usuário comum, já que exige um alto consumo de energia e a necessidade de equipamentos profissionais para a prática. Por outro lado, a mineração caseira de outras criptomoedas, como ethereum e monero, se torna cada vez mais popular entre os brasileiros.

VOCÊ PODE GOSTAR
homem segura com duas mãos uma piramide de dinheiro

CVM multa pirâmide cripto BlueBenx e seu fundador em R$ 1 milhão

A Bluebenx e seu dono, Roberto Cardassi, foram considerados culpados pela oferta pública de valores mobiliários sem registro
homem segura com duas mãos uma piramide de dinheiro

Pirâmides financeiras continuam sendo crime mais reportado pela CVM às autoridades

Esquemas de pirâmide são crimes contra a economia popular e estelionato, previstos no artigo 171 do Código Penal
Moeda de bitcoin sob base de martelo de juiz

CVM julga hoje Bluebenx, pirâmide com criptomoedas que deixou prejuízo de R$ 160 milhões

Relatório se concentra em oferta pública de distribuição de valores mobiliários sem a obtenção do registro no órgão regulador
celular com logo da circle usd coin USDC com grafico ao fundo

Circle integra USDC aos sistemas de pagamento do Brasil

A Circle agora suporta transferências bancárias locais via Pix