A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu na última quarta-feira (10) um funcionário do Banco do Brasil acusado de aplicar golpes contra correntistas que podem ter chegado a R$ 1 milhão, usados para a compra de Bitcoin com recursos dos clientes.
A investigação apontou que ele atraia suas vítimas para as agências sob o pretexto de retomar a liberação de empréstimos anteriormente negados. O suspeito então clonava os cartões de crédito e, com eles, realizava compras, pagamentos em restaurantes e hospedagens em hotéis de luxo nas cidades de Gramado e Canela.
Segundo a Polícia Civil, o suspeito abria contas em nome das vítimas para receber os créditos fraudulentos, que eram posteriormente transferidos para suas contas pessoais ou sacados. Ele teria adquirido mais de R$ 400 mil em Bitcoin em 2022, valor que hoje pode superar R$ 1 milhão. Há indícios de que as criptomoedas tenham sido adquiridas com proventos dos crimes.
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O nome do suspeito não foi divulgado, mas segundo o portal G1, se trata de Andrey Rottini. Ele foi preso preventivamente e a Justiça determinou ainda o bloqueio de suas contas bancárias e bens.
De acordo com a CNN, a investigação aponta que Rottini é proprietário de uma loja de móveis e também utilizava documentos pessoais dos funcionários para alugar imóveis de forma fraudulenta e dar novos golpes. Antes de ser funcionário público do Banco do Brasil, a polícia informou que ele já havia trabalhado em outros bancos e vinha aplicando golpes de forma reiterada há pelo menos três anos.
O G1 afirma que 32 clientes já haviam registrado queixa formal contra o suspeito até a quarta-feira. Em um dos casos, uma única vítima acumulou débitos de R$ 22 mil em um cartão emitido em seu nome. Ele teria sido afastado do BB a partir de sindicância interna, mas continuou praticando crimes, segundo o delegado Gustavo Costa do Amaral afirmou ao portal.
“Apesar de afastado administrativamente, o golpista abriu diversas contas em bancos digitais para fraudar pagamentos que causaram prejuízos inestimáveis a idosos, a exemplo, fraudes que causaram dívidas das vítimas com planos de saúde e fraudes em empréstimos consignados, reduzindo a renda mensal do idoso”, afirma Amaral.
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