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FBI liderou esquema cripto usando nome de Elon Musk para pegar criminosos

Operação secreta de lavagem de dinheiro com criptomoedas foi realizada em um posto dos correios do tamanho de um galpão

costas de agente do FBI
Shutterstock

O FBI financiou secretamente e se envolveu diretamente com traficantes de drogas e hackers — incluindo membros do notório grupo cibercriminoso Scattered Spider — como parte de uma operação secreta de lavagem de dinheiro com criptomoedas, segundo novas informações reveladas na terça-feira (9) pelo 404 Media, com base em documentos judiciais.

As autoridades federais mantiveram o esquema de lavagem de dinheiro temático de Elon Musk por quase um ano após prenderem o operador original, o indiano Anurag Pramod Murarka, de 30 anos, condenado em janeiro a 10 anos de prisão por conspiração para cometer lavagem de dinheiro.

Durante a operação encoberta, que durou um ano, agentes federais impediram que mais US$ 1,4 milhão fossem lavados, fingindo ser Murarka, de acordo com os documentos judiciais.

Murarka usava os apelidos “elonmuskwhm” e “la2nyc” para receber criptomoedas de traficantes de drogas e hackers, convertendo os ativos digitais em dinheiro por meio de uma complexa rede hawala — um sistema informal de transferência de valores, ilegal em vários países.

Ele anunciava serviços de lavagem de dinheiro em marketplaces da dark web entre abril de 2021 e setembro de 2023, utilizando comunicações criptografadas com os clientes e os orientando a enviar criptomoedas para carteiras específicas.

Os lucros dos crimes eram escondidos em envelopes e livros infantis como parte do esquema.

Em janeiro, o Departamento de Justiça dos EUA declarou que mais de US$ 20 milhões foram lavados por meio da operação.

Depois que o FBI começou a investigar Murarka, as autoridades o atraíram para os EUA ao aprovar sua solicitação de visto.

Ao chegar no país, ele foi preso, o que permitiu ao FBI assumir o controle da operação ilícita, que funcionava em um posto dos correios no estado do Kentucky com tamanho semelhante ao de um galpão, conforme o relatório.

Sob gestão do FBI, a operação secreta continuou a processar pagamentos em criptomoedas e a rastrear entregas em dinheiro para os associados de Murarka nos Estados Unidos.

Murarka é obrigado a cumprir pelo menos 85% da sua pena de prisão, seguido por três anos de liberdade condicional supervisionada, conforme determina a legislação federal dos EUA.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.