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Empresa citada na CPI das Pirâmides vira alvo da Polícia de Minas Gerais

Mão de criminoso com luva preta saindo da tela de notebook em golpe financeiro na internet

A Polícia Civil de Minas Gerais quer aprofundar as investigações contra a Quotex, empresa citada na CPI das Pirâmides Financeiras. Segundo reportagem do jornal O Globo, as autoridades vão pedir cooperação internacional com o objetivo de tentar identificar quem está por trás do esquema. 

O fio da meada começou a ser puxado com a prisão de Breno Alberto da Cunha Rebelo da Silva, influencer que tinha 500 mil seguidores e que promovia a venda de um suposto robô trader. Porém, o delegado responsável pela investigação, Márcio Rocha, afirma que o homem detido é apenas a ponta visível de uma grande operação de fraude. 

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“Vamos atrás de quem comanda o esquema fora do país, mas já sabemos que quem faz os pagamentos está no Brasil. Eles são feitos através de bancos e transações digitais, que são mais difíceis de serem rastreadas”, disse Rocha. 

Segundo o delegado, a plataforma que Breno divulgava recebia investimentos das vítimas, que pagavam ao influencer R$ 1 mil para ter acesso a um robô que apenas espelhava os gráficos de transações. “Ou seja, não faziam absolutamente nada”, diz o investigador.

Segundo informações da Polícia Civil de Minas, a prisão de Breno fez com que centenas de vítimas de todos os estados do Brasil entrassem em contato com as autoridades. Por conta do dano ter sido tão grande, o foco é ir agora atrás das pessoas que financiam o golpe. 

“Essas plataformas cooptam influenciadores digitais, patrocinam eles para levarem uma vida de luxo e alcançarem cada vez mais clientes. Queremos chegar nos intermediários, que oferecem um verdadeiro serviço para montar esses perfis nas redes sociais”, afirma. 

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Envolvimento na CPI das Pirâmides Financeiras

A Quotex foi investigada na CPI das Pirâmides Financeiras por meio de requerimento do relator Ricardo Silva (PSD/SP), que pediu a convocação do influencer Diego Aguiar como testemunha

Aguiar era apontado como um dos grandes operadores da Quotex no Brasil e teve seu sigilo bancário quebrado a pedido do deputado Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), que presidia a CPI.

Em outubro de 2021, o Portal do Bitcoin publicou reportagem mostrando como a Quotex travava saques, bloqueava contas e sumia com o dinheiro dos clientes. Em setembro de 2022, a empresa superou a IQ Option em queixas no Reclame Aqui.