A criptomoeda Libra, do Facebook, terá metade do seu lastro em dólares americanos, sendo a outra metade em euro e moedas fiduciárias do Reino Unido, Japão e Cingapura, deixando de fora, a moeda da China. A informação é do jornal alemão Spiegel Online, em publicação na última sexta-feira (20).
Segundo o jornal, a informação partiu deputado Fabio De Masi que é porta-voz do parlamento Alemão.
De acordo com ele, a Libra será atrelada em 50% por dólar e títulos dos EUA e a outra metade lastreada por euro (18%), iene (14%), libra esterlina (11%) e dólar de Cingapura (7%), deixando de fora o yuan chinês.
A não inclusão da moeda chinesa pode estar associada à relação comercial EUA/China, segundo publicação da Reuters, também na sexta.
Conforme o artigo, o yuan ficando de fora dos planos da Libra pode ajudar a suavizar o caminho planejado da criptomoeda no território americano.
Isso porque recentemente as autoridades americanas levantaram preocupações sobre a crescente condição do yuan como moeda de reserva no momento em que as relações comerciais entre as duas potências econômicas são tensas.
Libra no Brasil
No Brasil, a criptomoeda do Facebook já entrou em pauta. No mês passado, dentre alguns requerimentos de audiência pública, o deputado federal Áureo Ribeiro (Solidariedade/RJ) incluiu um convite ao representante do Facebook para falar sobre a Libra.
O objetivo é debater possíveis consequências socioeconômicas para o sistema financeiro brasileiro.
No final de junho, a Libra Association, entidade responsável pela criptomoeda do Facebook, entrou com um pedido de registro da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
De acordo com o documento, a empresa pretende oferecer produtos atrelados a criptomoedas, como cartão de crédito, gestão, compra e venda, além de um programa que cria tokens para serem trocados por dinheiro.
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