A alta do mercado de criptomoedas produziu dois números de impacto em março: recorde de volume de negociações e o menor nível registrado de Bitcoin armazenado em exchanges. O segundo caso sinaliza que parte significativa dos investidores sacaram seus ativos das corretoras para fazer a própria custódia em suas carteiras privadas, mirando uma estratégia de investimento ao longo prazo.
Segundo informações da firma de análises CC Data, o volume combinado de negociação spot (compra e venda à vista) e de derivativos em corretoras bateu em US$ 9,1 trilhões em março — foi um salto de 92,9% em relação ao mês anterior.
A Binance registrou os maiores picos da empresa em volume de negociação desde maio de 2021: US$ 1,12 trilhão no mercado spot e US$ 2,91 trilhões em derivativos.
Mais negociações geram mais saques
Além das negociações, os saques também se intensificaram. A reserva de bitcoins de corretoras chegou ao menor nível desde que a CryptoQuant começou a fazer o estudo com base nas carteiras das maiores empresas do área, no início de 2021.
A empresa afirma que 90.700 unidades de BTC foram sacadas das corretoras em março e colocadas em carteiras privadas.
Por outro lado, dados da Glassnode mostram uma tendência entre detentores de longo prazo vendendo parte de seus ativos, possivelmente para realizar lucros. Em sentido oposto, os detentores de curto prazo aumentaram suas reservas em cerca de 1.121 milhões de bitcoins, absorvendo a pressão de distribuição dos detentores de longo prazo.
No dia 14 de março, o Bitcoin atingiu o seu maior preço da história: US$ 73.737, conforme mostra o CoinGecko. A alta foi impulsionada pelos ETFs de Bitcoin à vista nos Estados Unidos, que foram aprovados no começo do ano pela SEC e passaram a movimentar bilhões no mercado.
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