Imagem da matéria: Corretora de criptomoedas fecha as portas e anuncia prazo para que usuários retirem os fundos
(Foto: Shutterstock)

A exchange de criptomoedas Hotbit parou as operações, citando uma série de questões e sugerindo que é improvável que as exchanges centralizadas sejam viáveis a longo prazo.

Em um comunicado publicado no site da empresa na madrugada desta segunda-feira (22), a Hotbit pediu aos usuários que retirem seus ativos remanescentes até 21 de junho às 4h UTC (1h no horário de Brasília).

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“Queremos agradecer e fazer uma reverência agora”, escreveu a equipe no post. “Ainda acreditamos em um futuro brilhante quanto à inovação no setor cripto e alguns de nós ainda lutarão por isso.”

A plataforma, que afirma ter servido 5 milhões de usuários, disse que a decisão acontece devido à deterioração das condições operacionais, que foram pioradas após uma suspensão forçada por várias semanas em agosto do ano passado, quando um ex-funcionário foi colocado sob investigação

A Hotbit também disse que o rumo da indústria cripto deixa incerto o futuro das exchanges centralizadas. Com os colapsos da FTX e outras grandes instituições cripto, a indústria ficou com uma escolha entre regulamentação ou aumento da descentralização, disse a empresa.

“A equipe da Hotbit acredita que as exchanges centralizadas (CEX) estão se tornando cada vez mais complicadas, com negócios altamente complexos e interconectados que são difíceis de cumprir, seja para conformidade ou descentralização, e é improvável que atendam às tendências de longo prazo”, disse o post.

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A empresa também apontou para outros problemas, incluindo altos riscos em certas criptomoedas e repetidos ataques de cibersegurança, o que tornou seu modelo de oferecer uma ampla gama de investimentos “insustentável.”

Tempos difíceis para as exchanges centralizadas

Fundada em janeiro de 2018, a Hotbit está atualmente sediada em Shanghai, na China, e Taipei, em Taiwan, de acordo com o seu site.

Ela atendia usuários de mais de 170 países, a maioria dos quais fora da China, disse a plataforma.

Seu fim ocorre no mesmo mês que a exchange centralizada Bittrex entrou com o pedido de recuperação judicial, dizendo que não era “economicamente viável” continuar a administrar o negócio no “atual ambiente regulatório e econômico dos EUA.”

Os colapsos da FTX e de outras exchanges centralizadas de alto nível aumentaram o ceticismo em relação às formas centralizadas de custódia e negociação de criptomoedas, levando as empresas do setor a pedir para mais pessoas guardarem seus criptoativos  ou negociarem em exchanges descentralizadas.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.