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Correção do Bitcoin pode se arrastar por meses, alerta CryptoQuant

Bitcoin enfrenta pressão de curto prazo com baleias e mineradores realizando lucros, mesmo com tendências sazonais indicando nova alta

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Foto: Shutterstock

O Bitcoin está no centro de uma disputa entre baleias que realizam lucros e investidores de longo prazo — um impasse que, segundo um relatório on-chain, pode moldar o mercado pelos próximos meses.

Após o BTC atingir a máxima histórica de US$ 122,8 mil em 14 de julho, o mercado de criptomoedas recuou, à espera de um novo catalisador.

A empresa de dados on-chain CryptoQuant afirmou que esse recuo marca a terceira grande onda de realização de lucros por parte das baleias desde meados de 2024, conforme relatório divulgado na quinta-feira (31).

Essa observação é corroborada por Sean Dawson, chefe de pesquisa da plataforma de opções on-chain Derive, que disse ao Decrypt que a realização de lucros veio tanto de “baleias antigas quanto novas”.

Leia também: Baleia de Bitcoin saca R$ 51 bilhões, uma das maiores vendas da história

Nos mercados cripto, “baleias” são grandes detentores cujas movimentações são capazes de influenciar o preço de um ativo.

Mineradores também estão vendendo

Ainda assim, a pressão vendedora não se limitou às baleias, acrescentou Dawson. Mineradores também venderam cerca de 15.000 BTC logo após o novo recorde histórico ser atingido.

“O tamanho e a escala dessas operações sugerem que provavelmente são instituições satisfeitas com seus retornos e que buscam reduzir riscos diante de um terceiro trimestre potencialmente difícil.”

Essa “fase de resfriamento” é uma característica típica de um mercado em alta maduro, e está em linha com o desempenho histórico do Bitcoin, que mostra que o terceiro trimestre costuma apresentar retornos medianos modestos.

Segundo Dawson, o mercado parece estar se preparando para isso. Ele observa que operadores de opções estão “se posicionando para dois meses difíceis” ao comprar opções de venda nos níveis de US$ 80.000, US$ 95.000 e US$ 100.000 para agosto e setembro.

Esses traders “esperam uma correção de preço entre 10% e 30% ao longo do próximo mês”, afirmou Dawson.

Charles Edwards, fundador do Capriole Fund, contestou o sentimento pessimista de curto prazo, classificando o Bitcoin como “subvalorizado” com base em seu modelo Energy Value.

O modelo, que relaciona o valor intrínseco do Bitcoin à energia utilizada por sua rede de mineração, sugere que o ativo está sendo negociado bem abaixo de seu valor fundamental.

A CryptoQuant prevê “nova fase de acumulação e, posteriormente, uma quebra rumo a um novo recorde histórico” — visão apoiada por tendências históricas que indicam que o quarto trimestre costuma oferecer os maiores ganhos para o Bitcoin, com retorno mediano de 52%.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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