A Coreia do Norte negou que hackers do país tenham roubado exchanges de criptomoedas para pagar programa de armas nucleares. Segundo a Reuters, a República norte-coreana repudiou as “forças hostis” chamando a ação de “boatos mal intencionados”.
A informação das ações de hackers norte-coreanos veio da própria agência, no início de agosto, quando comentou sobre um documento confidencial da Organização das Nações Unidas (ONU).
Revelou então que, por meio de ataques cibernéticos, a Coreia do Norte levantou US$ 2 bilhões para seus programas de armas de destruição em massa, roubando bancos e exchanges de criptomoedas.
Além de acusar os americanos de falsas alegações, o governo também mencionou, por meio da agência de notícias da Coreia do Norte (KCNA), “outras forças hostis” contra o país.
“Essa invenção não passa de uma desagradável jogada para manchar a imagem do nosso país e encontrar uma justificativa para sanções e campanhas de pressão contra a República Popular Democrática da Coreia”.
O repúdio da Coreia é também pelo fato de que o relatório divulgado sobre a suposta atuação dos hackers foi feito por especialistas independentes. Eles apresentaram o relatório ao comitê de sanções da Coreia do Norte no Conselho de Segurança da ONU.
Segundo dados do documento, divulgado pela Reuters no dia 05 de agosto, os hackers norte coreanos usaram os meios mais sofisticados para cometerem os crimes.
“Atores cibernéticos da República Democrática Popular da Coréia, muitos operando sob a direção da ‘Reconnaissance General Bureau’, arrecadam dinheiro para seus programas de WMD, com recursos totais estimados em até US$ 2 bilhões”, diz o relatório.
Ataque hacker a criptomoedas
De acordo com a Reuters, Washington fez pouco progresso em direção ao seu objetivo de fazer com que a Coreia do Norte desistisse de seu programa de armas nucleares. Aconteceu até mesmo três reuniões entre Donald Trump e o líder norte-coreano Kim Jong Un.
O problema é que nos últimos anos, Pyongyang foi responsabilizada por uma série de ataques online, principalmente em redes financeiras, nos Estados Unidos, Coréia do Sul e em mais de uma dúzia de outros países, diz a reportagem.
Nesse tempo, ficou de conhecimento público um grupo de hacker chamado Lazarus, que está vinculado a um roubo cibernético de US$ 81 milhões no banco central do Bangladesh em 2016 e a um ataque de 2014 ao estúdio de Hollywood da Sony.
Hackers russos
Em junho deste ano, um relatório do Group-IB, estimou que o grupo foi responsável por cinco das 14 invasões hackers em exchanges de criptomoedas desde janeiro de 2017.
No entanto, há também controvérsias. O maior roubo da história das criptomoedas — US$ 530 milhões da Coincheck — pode ter sido executado por hackers russos e não pelo ‘Lazarus’.
A nova informação, que veio à tona também em junho, colocou um ponto de interrogação no caso. O fato é que, de acordo com as investigações, um vírus encontrado no computador de funcionários da Coincheck possui características de hackers russos.
O que pode ter acontecido é que funcionários da Coinchek contribuíram no processo sem saber, instalando involuntariamente programas maliciosos em suas máquinas.
Isso permitiu aos invasores terem acesso ao sistema, manipulá-lo, até conseguirem as chaves das carteiras de criptomoedas e roubar os fundos.
No entanto, mesmo que há indícios de ligações de hackers tanto norte-coreanos como russos, ainda assim o roubo à Coincheck pode ter sido executado por algum grupo desconhecido.
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