Confira as 15 cidades mais influentes do mundo das criptomoedas

Criptomoedas ficaram globais. Confira as 15 principais cidades que impactaram a crescente indústria (por bem ou por mal)
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Cripto é uma comunidade global de pessoas que estão cada vez mais vivendo em um metaverso digital. Mesmo se adotarem um mundo descentralizado, locais físicos ainda não importantes, afinal, ninguém pode viver completamente em um blockchain.

É por isso que o Decrypt apresenta uma lista das cidades mais influentes do mundo para o setor de criptomoedas. Esses 15 lugares estão modelando a tecnologia, a cultura e a política que tornam cripto o que é.

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Foram escolhidos não apenas porque são locais desejáveis de se viver (apesar de muitos serem) mas porque, por um motivo ou outro, exercem uma grande influência em cripto.

A lista foi resultado de um intenso debate entre um pequeno grupo de editores e escritores do Decrypt e representa regiões em todo o mundo. Sua cidade apareceu aqui? Leia para descobrir as classificações, começando com o número 15.

15. Londres, Inglaterra

O status de Londres como um grande centro financeiro a deu uma vantagem para atrair inovadores cripto.

Blockchain.com, a original fornecedora de carteira de bitcoin, considera a capital do Reino Unido como seu lar, assim como empresas mais novas, como a carteira Ethereum Argent e a custodiante de criptoativos Copper.

A cidade é tão fundamental que sediou a segunda maior Devcon, o maior evento da Ethereum, em 2015.

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Mas sua influência está enfraquecendo. A Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido (ou FCA, na sigla em inglês) tem cripto como seu grande alvo, afugentando a corretora cripto Binance e dizendo a investidores criptos se prepararem “para perder todo o seu dinheiro”.

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Junte isso com a divisão do Reino Unido da União Europeia e empresas devem pensar bastante e levar suas operações europeias para outro lugar.

14. Cheyenne, Wyoming

Já que o estado de Nova York dificulta a vida de empresas cripto e o governo federal hesita em como exatamente construir uma estrutura regulatória, Wyoming mergulhou de cabeça.

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A legislatura liderada por republicanos em Cheyenne, a capital do estado, trabalhou com a indústria privada para criar as leis mais favoráveis à tecnologia blockchain e às criptomoedas do país.

Agora, Kraken, Avanti e outros estão fincando raízes no estado. Com certeza, outros farão isso, graças a políticos favoráveis ao bitcoin (BTC), como a senadora Cynthia Lummis, que chama Cheyenne de lar.

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13. Lagos, Nigéria

Sabe quando as pessoas falam sobre o uso do bitcoin como uma proteção contra a inflação, quando falam carinhosamente sobre a liberdade de transações ponto a ponto? Estão falando sobre o que está acontecendo na Nigéria.

Lagos é a maior cidade e o centro financeiro da maior economia da África, atingida pela alta inflação por seis anos consecutivos.

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A capital nigeriana foi o marco zero para a resistência popular contra a política monetária e restrições para criptomoedas do banco central. Este ano, a Nigéria registrou o segundo maior volume de negociação ponto a ponto no continente africano, perdendo apenas para os EUA.

12. Tel Aviv, Israel

Tel Aviv é o principal centro tecnológico de Israel e um um foco para startups, pois possui mais per capita do que qualquer outra cidade, exceto pela Califórnia. A tecnologia blockchain não é exceção. A cidade de mais de 423 mil habitantes possui 90 das 150 empresas blockchain de Israel.

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Uma dessas empresas é a Unbound Security, que usa um novo tipo de criptografia para o armazenamento de criptoativos, foi adquirida pela Coinbase em novembro. A credora cripto Celsius Network abriu um escritório em Tel Aviv em fevereiro.

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11. Zug, Suíça

Zug quase não entrou para esta lista por conta de um detalhe técnico: não é grande o suficiente para ser uma cidade. É o lar da Ethereum Foundation, que ajuda a orientar uma criptomoeda com uma capitalização de mercado de quase US$ 500 bilhões.

O cantão de Zug, conhecido com o “Criptovale”, também atraiu as adversárias da Ethereum, como Tezos, Dfinity, Bancor, and Cardano.

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Este ano, essas empresas podem até pagar seus impostos em criptomoedas. Zug, conhecido por sua tranquilidade e encostas, criou um ambiente mais favorável a cripto do que locais mais exóticos, como Miami, que só capitalizaram.

10. Singapura

Singapura é um grande centro financeiro e só ganha importância no mundo cripto conforme a China suspendeu atividades cripto e Hong Kong cai sob a órbita do país.

Coinbase e Binance, duas das maiores corretoras cripto do mundo, querem se registrar com a Autoridade Monetária de Singapura (ou MAS) para operarem lá.

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Mesmo sem ambas as corretoras, a cidade-Estado possui um vivo cenário cripto que inclui as sedes da empresa de dados de mercado Nansen, corretora Crypto.com e o protocolo DeFi Kyber Network.

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9. Berlim, Alemanha

Os mercados do distrito de Kreuzberg, em Berlin, é renomada desde 2013 por aceitar bitcoin e, em algum momento, tendo a maior quantidade de empresas que aceitam criptomoedas por metro quadrado do que qualquer lugar do mundo.

Era o local da antiga Devcon em 2014 e se tornou o local mais badalado para hackathons na Europa, com a ETHBerlin. Pelo menos 15 empresas blockchain chamam Berlim de lar, incluindo Centrifuge e Gnosis.

8. Toronto, Canadá

Ainda está esperando por um fundo de índice (ou ETF) de bitcoin? Não no Canadá.

A Comissão de Valores Mobiliários de Ontario (ou OSC), com sede em Toronto, aprovou diversos ETFs este ano (de ether, bitcoin e combinações de outras criptomoedas) para que pudessem ser negociadas na Bolsa de Toronto.

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Embora ETFs de bitcoin ainda precisem se popularizar nos EUA, a fronteira do Canadá, Toronto é conhecida por exportar a inovação.

É o lar adotado pelo criador da Ethereum Vitalik Buterin e o berço do cofundador Joseph Lubin, que foi desenvolver software para a Web3 e para a empresa de investimentos ConsenSys.

7. Lisboa, Portugal

Portugal é um dos poucos países que não cobra impostos por ganhos de capital com criptomoedas, ou seja, devotos do registro digital podem ficar tranquilos em Lisboa.

Recentemente, membros da comunidade Ethereum e fãs do Solana invadiram sua cidade e suas praias para participar dos eventos ETHLisbon e Solana Breakpoint.

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Com a decrescente influência de Lisboa e a calorosa atitude de Portugal à inovação financeira, Lisboa está pronta para atrair mais do que apenas festas e hackathons no futuro.

6. Nova York, EUA

Bem no início da existência do Bitcoin, a estrutura regulatória do estado de Nova York, conhecida como BitLicense, afugentou empresas cripto, como ShapeShift e Kraken.

Mas Eric Adams, o próximo prefeito da Cidade de Nova York, irá atrair e manter empresas na capital financeira dos EUA.

Adams prometeu aceitar seus primeiros três salários em bitcoin, fomentando o comprometimento do prefeito de Miami Francis Suarez em aceitar um salário em bitcoin.

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Adams também visa criar uma criptomoeda específica para a cidade.

Mesmo sem a NYC Coin, é difícil argumentar contra a influência da cidade, onde Wall Street se fundiu com a tecnologia financeira para dar aos investidores a Galaxy Digital, Gemini, Paxos, Grayscale, ConsenSys e OpenSea.

5. San Salvador, El Salvador

O maximalista de bitcoin e presidente de El Salvador Nayib Bukele se tornou um dos defensores mais ferrenhos e orgulhosos da principal criptomoeda desde que a anunciou como moeda corrente este ano.

Bukele também demonstrou um comprometimento a minerar bitcoin usando a energia renovável de vulcões.

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Apesar de isso ainda não ter dado certo, a proclamação de San Salvador fez outros países latino-americanos, que lidam com a inflação e escassas reservas estrangeiras, também pensassem em adotar o bitcoin como uma moeda nacional.

4. Miami, EUA

Conforme a quarentena e restrições limitaram as reuniões este ano, defensores do bitcoin e das criptomoedas precisavam de um lugar para ir. Quase 15 mil pessoas foram bem-recebidas na conferência Bitcoin 2021 em Miami por seu prefeito, Francis Suarez.

Suarez colocou cripto no cerne de sua agenda, pressionando para que trabalhadores da cidade fossem pagos em bitcoin, defendendo que o ativo fosse acrescentado aos cofres municipais e, é claro, encorajando empresas a irem para sua cidade.

E o fizeram. Em junho, a corretora cripto Blockchain.com anunciou que iria mudar sua sede da cidade de Nova York para Miami.

Enquanto isso, a FTX investiu dezenas de milhões de dólares para garantir os direitos do estádio Miami Heat. O acolhimento do bitcoin por Suarez fez com que outras empresas reconsiderassem a realocação de suas sedes.

3. Pequim, China

Pequim não é uma favorita dos fãs cripto, mas poucas cidades podem se vangloriar por ter um grande impacto na indústria.

Desde 2017, a China proíbe a negociação de criptomoedas. O governo em Pequim foi ainda mais longe e baniu a mineração. A decisão fez preços cripto despencarem e, sem dúvidas, mudou a composição geopolítica da indústria de mineração de bitcoin.

Em abril de 2021, a China era responsável por aproximadamente 2/3 da indústria mundial de mineração de bitcoin. Agora, não é mais, mas isso não exclui a persistente influência da China.

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Com um governo centralizado e bastante veloz, Pequim poderia rapidamente abaixar preços da energia elétrica e recuperar empresas de mineração, assim como a Rússia. Porém, agora, está feliz em focar seus esforços no yuan digital.

O sucesso com seu enorme teste-piloto pode incentivar outros países a explorarem uma moeda digital de banco central (ou CBDC).

2. Washington, EUA

Os mercados cripto sobem e descem por conta de rumores legislativos e regulatórios que vêm dos EUA.

E existem bastantes vazamentos. Sob a nova presidência de Gary Gensler, a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio (ou SEC) pressionou por leis mais rigorosas à proteção de clientes, afirmou que o setor DeFi está repleto de valores mobiliários não registrados e até ameaçou processar uma das maiores empresas da indústria, a Coinbase.

Adicione isso a um projeto de infraestrutura que infiltrou novas definições a brokers de cripto e você pode pensar que a capital americana quer aniquilar as criptomoedas.

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Mas defensores do bitcoin, como Ted Cruz e Cynthia Lummis, continuarem hasteando a bandeira enquanto grupos de lobby, como Coin Center e Blockchain Association, chamaram a atenção de legisladores ao aumentarem sua influência com clientes.

1. São Francisco, EUA

Você pode ter ouvido falar que todos estão fugindo de São Francisco por conta da pandemia, mas não acredite no FUD (do inglês “medo, incerteza e dúvida”), pois ainda tem seu espaço.

Kraken, OKCoin e Robinhood têm um grande impacto lá, sem mencionar a Coinbase, cujos executivos ainda estão aglomerados em São Francisco, mesmo que a empresa afirme ser descentralizada.

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E a Baía é lar não apenas ao Google, mas também o mecanismo de pesquisa cripto que quer substitui-lo: Brave.

Quer financiamento? As chances são de que você veja Andreessen-Horowitz (ou a16z) próximo ao Menlo Park. Quer admirar a vista? Você provavelmente estaria feliz de ser aceito na Y Combinator no Mountain View, assim como a Coinbase era.

A Baía de São Francisco continua sendo o centro do universo blockchain.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.