Imagem da matéria: Confira 3 criptomoedas que podem disparar com o halving do Bitcoin
Foto: Shutterstock

Faltam menos de dez dias para o tão aguardado halving, evento que reduz pela metade a oferta de novos bitcoins entrando no mercado. Mas enquanto a comunidade cripto foca no impacto do evento no preço do BTC e a possibilidade de novas máximas históricas, outras criptomoedas podem aproveitar o acontecimento para dispararem nas próximas semanas.

Previsto para acontecer em 20 de abril, o halving cortará de 6,25 BTC para 3,125 BTC a recompensa dos mineradores, e o que pode acontecer é uma rotação dentro do ecossistema do Bitcoin em busca de tokens que ainda não renderam tanto.

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“Existe um grande conjunto de capital inexplorado dentro do ecossistema Bitcoin que permanece inativo, e surpreendentemente poucos ativos listados que os traders podem usar para obter exposição à narrativa [monetária]”, disse a empresa de negociação Wintermute ao CoinDesk.

E segundo os especialistas da empresa, três ativos podem entregar bons retornos se esse cenário se concretizar. “Se o capital começar a girar no ecossistema Bitcoin, tokens como RUNE, STX e ORDI poderão se beneficiar significativamente e ter desempenho superior”, afirmaram.

Entenda um pouco mais sobre cada uma dessas criptomoedas:

Runes (RUNE)

Runes é um novo protocolo criado por Casey Rodarmor, a mente por trás dos Ordinals — que cria “inscrições” na rede do Bitcoin como se fossem NFTs. Segundo ele, o Runes foi pensado para oferecer uma abordagem mais simples e integrada ao modelo UTXO (Unspent Transaction Output) nativo do Bitcoin, sendo assim superior ao modelo BRC-20.

“O ponto principal do Runes é a sua superioridade técnica em relação aos tokens BRC-20. Ele apresenta várias vantagens, tais como uma maior facilidade para criar tokens e a eliminação da dependência de dados off-chain. Pode ser utilizado também em soluções de segunda camada do Bitcoin”, diz Roadarmor no white paper do Runes.

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Com o Runes, o emissor cria um token e define um limite para quantos ativos alguém pode cunhar em uma transação. Enquanto os ordinals são “inscritos”, os runes são “gravados” e o gravador tem a opção de “pré-minerar” uma determinada alocação do token para si mesmo antes da cunhagem pública.

E dentro da ideia do Runes, existem alguns projetos que utilizam o modelo, sendo o mais proeminente o RSIC, uma coleção de 21.000 Ordinals que planeja lançar um token chamado RUNE. No início deste ano, alguns Ordinals RSIC foram enviados para carteiras que possuíam outras inscrições Ordinals, como Ordinal Maxi Biz.

RSIC é uma brincadeira com o termo ASIC, um tipo de equipamento para minerar Bitcoin. Os usuários que possuem a inscrição RSIC Ordinals podem usá-la para começar a “minerar” seu próximo token. Os usuários interessados em aproveitar o momento precisam ter inscrições Ordinals e ficar atentos ao próximos airdrops, que tem sido feitos sem avisos prévios.

“Os altos custos e o congestionamento significativo da rede do Ethereum farão com que ele fique em segundo plano, já que projetos baseados em Bitcoin, como Rune, redirecionarão o hype da memecoin para o ecossistema do Bitcoin por causa da novidade”, disse Bartosz Lipinski, o fundador da plataforma de negociação cripto Cube.Exchange, ao CoinDesk. “O padrão BRC-20 provavelmente será ultrapassado pelo Runes.”

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Stacks (STX)

Outro token que pode se destacar com o halving é o Stacks (STX), um protocolo blockchain de primeira camada, projetado para trazer contratos inteligentes e aplicativos descentralizados (dApps) para a rede do Bitcoin.

Sua blockchain é ligada ao Bitcoin por um mecanismo de consenso que abrange as duas cadeias. Os aplicativos Stacks podem interagir com o stacks do Bitcoin, para dar a possibilidade de um aplicativo usar o Bitcoin como moeda.

Os stacks desbloqueiam o potencial do Bitcoin, permitindo que aplicativos DeFi sejam construídos em cima desta rede. Ou seja, é um projeto que visa combinar os recursos DeFi com a segurança da rede Bitcoin.

ORDI (ORDI)

Por fim, os especialistas chamam atenção para o token ORDI, maior ativo do modelo BRC-20 e que desde o ano passado ganhou força por conta do aumento de interesse dos investidores no Ordinals, os “NFTs do Bitcoin”.

O protocolo Ordinais foi adaptado para alimentar tokens fungíveis por meio do padrão BRC-20, possibilitando uma onda de tokens, incluindo memecoins. E o ORDI foi o primeiro a ser cunhado.

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Com um valor de mercado de mais de US$ 1,5 bilhão, o ORDI é atualmente o maior token BRC-20 do mercado e uma rotação dentro do ecossistema, com investidores buscando oportunidades dentro do Bitcoin, pode levar esse ativo para um novo bom momento de preço.