Imagem da matéria: China pressiona McDonald’s a ampliar adesão ao yuan digital antes das Olimpíadas
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A China pediu que a rede de fast-food McDonald’s expandisse o teste de seu sistema de pagamentos com o yuan digital antes de as Olimpíadas de Inverno de Pequim começarem, de acordo com fontes citadas pelo Financial Times.

A moeda digital emitida pelo banco central (CBDC) do país é chamada de yuan digital, e-CNY, e-RMB, e-renminbi e DCEP (“Moeda Digital/Pagamento Eletrônico”, em português).

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Neste momento, o yuan digital está sendo testado antes de um lançamento amplo completo, previsto para as Olimpíadas de Inverno em Pequim, que irão acontecer em fevereiro de 2022.

Como parte de um projeto de testes, carteiras para o yuan digital já estão sendo utilizadas como um meio de pagamento em 270 franquias do McDonald’s na cidade de Xangai.

Agora, de acordo com as fontes do Financial Times, o governo chinês pede que a empresa amplie o sistema de pagamentos e pressiona que outras varejistas, como Nike e Visa, façam o mesmo.

Ambas as empresas se negaram a fazer comentários, mas um porta-voz do McDonald’s afirmou que “Xangai é nossa cidade-piloto e aprenderemos com a resposta dos clientes”.

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De acordo com uma fonte “próxima dos reguladores financeiros da China”, o estatal Banco da China (um dos patrocinadores dos Jogos Olímpicos) é responsável por incentivar comércios da área de Xangai a participarem do programa com o yuan digital, mas destacou que têm liberdade para recusar sua participação.

O que é o yuan digital?

Proposto pela primeira vez em 2017, o yuan digital está sendo testado desde 2020, em que o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) distribuiu milhões de moedas digitais a seus cidadãos.

Até julho de 2020, mais de 20 milhões de carteiras para o yuan digital foram criadas conforme o país se prepara para um lançamento completo da CBDC próximo das Olimpíadas de Inverno de Pequim em 2022.

Atualmente, é um dos projetos mais avançados de CBDC no mundo. CBDCs são parecidas com stablecoins, pois são lastreadas a uma moeda fiduciária, mas se distinguem por serem distribuídas pelo Estado.

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Também são distintas das criptomoedas, pois não existem em um blockchain descentralizado, onde transações são registradas em vez de serem controladas pelo banco central em questão.

Na verdade, alguns analistas debatem que a repressão ao bitcoin pela China, a partir do segundo trimestre deste ano, foi motivada, em parte, pelo desejo de manter uma rival descentralizada do yuan digital sob controle.

No exterior, a reação às iniciativas de uma moeda digital da China foi mista.

Nos EUA, um trio de senadores pediu que o Comitê Olímpico e Paraolímpico do país “proibisse atletas americanos de receber ou utilizar o yuan digital durante as Olimpíadas de Pequim”, citando a possibilidade de a moeda digital ser utilizada para supervisionar cidadãos chineses e visitantes do país.

Enquanto isso, idealizadores de um “dólar digital” pedem que os EUA avance com sua própria CBDC para manter o “importante papel do dólar americano na economia global”.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização da Decrypt.co.

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