Imagem da matéria: Bitcoin precisa abandonar a mineração para continuar dominante no mundo, diz diretor da Ripple
Foto: Shutterstock

O presidente executivo da Ripple, Chris Larsen, aproveitou que nesta quinta-feira (22) é comemorado o Dia da Terra, para falar sobre o impactos da mineração de criptomoedas no meio ambiente.

Em um post no seu blog pessoal, Larsen critica o consenso de prova de trabalho (PoW), usado para validar as transações de grandes criptomoedas como o Bitcoin e o Ethereum

Publicidade

Segundo ele, o consenso é uma fonte crescente de emissões de CO2 por usar grandes quantidades de energia. Por isso, “as criptomoedas que usam PoW devem considerar uma mudança de código para outro método de validação, como Prova de Participação (PoS) ou Consenso Federado (ou algo ainda a ser desenvolvido)”.

Larsen admite que a proposta é ousada mas que é importante pensar alternativas para que as criptomoedas não tenham um impacto tão negativo ao meio ambiente. “Essa mudança é extremamente importante para que o Bitcoin continue a ser a criptomoeda dominante no mundo”, disse.

Prova de trabalho

Desde que surgiu em 2009, o bitcoin usa prova de trabalho para dar vida ao seu ecossistema. Nesse consenso, os mineradores resolvem problemas matemáticos complexos para criar os blocos da rede, o que demanda um grande poder computacional.

Ao mesmo tempo que torna a criptomoeda mais segura, a prova de trabalho exige que as máquinas fiquem ligadas 24 horas por dia consumindo muita energia elétrica. 

Publicidade

A tendência é que quanto mais caro fique o bitcoin e mais pessoas usem a rede, maior será o consumo de energia da criptomoeda.

Para embasar sua opinião, Larsen traz dados da Universidade de Cambridge que mostram que o BTC consome, em média, 132 terawatt-hora (TWh) por ano. 

Como comparação, esse valor é quatro vezes maior do que o estado de São Paulo consome em um ano, ou que toda a população de países como Argentina e Holanda gasta no mesmo período

Outro fator que piora a situação é o fato de que a China é responsável por 65% da mineração de bitcoin. Lá, o combustível fóssil, altamente prejudicial ao meio ambiente, ainda é amplamente usado.

Publicidade

Aliás, o congestionamento que a rede que do BTC enfrenta desde domingo (18) foi motivado por uma inundação numa mina de carvão na China.

Um estudo da revista científica Nature estima que a mineração de criptomoedas no país asiático vai emitir até 130,5 milhões de toneladas de carbono até 2024.

Apesar de não haver qualquer discussão concreta para que o ativo abandone a prova de trabalho por outro consenso, algumas empresas envolvidas no setor já buscam formas de frear esse problema.

Em março foi anunciado o primeiro pool de mineração de bitcoin sustentável do mundo. Já em dezembro do ano passado, Jake Dorsey, fundador do Twitter e um grande defensor das criptomoedas, investiu US$ 10 milhões para impulsionar o consumo de energia limpa pelo bitcoin.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Como um investidor ganhou 1 Bitcoin ao comprar cards colecionáveis por R$ 180

Como um investidor ganhou 1 Bitcoin ao comprar cards colecionáveis por R$ 180

O ganhador de 1 BTC levou um tempo para perceber sua sorte, afirmando que o baralho parecia mais bonito fechado
jogo cripto telegram catizen

Token do jogo Catizen (CATI) dispara 20% em dia de airdrop

A equipe do jogo do Telegram também anunciou seu programa “Airdrop Pass” como uma forma de manter os jogadores interessados ​​pelos próximos anos
hamster kombat

Hamster Kombat (HMSTR) estreia no mercado em queda de 11%

O token HMSTR do jogo cripto mais popular do Telegram foi distribuído hoje em um evento de airdrop para 131 milhões de jogadores
Ilustração mostra rosto de Michael Saylor, da Microstrategy, envolto a raios ourados

MicroStrategy vai arrecadar US$ 700 milhões para comprar mais Bitcoin

A empresa de Michael Saylor, maior detentora de reservas corporativas de Bitcoin, planeja aumentar suas aquisições e quitar dívidas anteriores vinculadas ao BTC